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Domingo, 05 de maio de 2024

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diálogo sobre greve

Presidente do TJMT aponta incoerências dos servidores e faz pronunciamento oficial

Foto: Reprodução

Presidente do TJMT aponta incoerências dos servidores e faz pronunciamento oficial
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Orlando Perri, em pronunciamento oficial divulgado pela TV Justiça, apontou incoerências nas reivindicações dos servidores do Judiciário, que estão em  greve desde a última segunda-feira (13).

A principal incoerência citada por Perri é sobre a cobrança dos servidores para implantação do Sistema de Desenvolvimento de Carreira e Remuneração (SDCR). "A progressão na carreira horizontal não vai contemplar a todos, e sabe o porquê? Nem todos buscaram a qualificação necessário para obter o benefício ", garante.

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Perri informou ainda que mandou publicar uma portaria para efeito de cadastramento dos servidores, com prazo até o dia 24 deste mês. “Esclareço que na gestão anterior mais de 600 servidores não preencheram o cadastro. E vale ressaltar que esse cadastro foi proposto sem explicar o objetivo. Portanto para fins de progressão horizontal não contém, lamentavelmente, informações para a implantação dela”, informou o presidente da Corte.

Para garantir lisura ao processo de avaliação, o desembargador afirma que consultou o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que esclareceu: “não é possível a concessão de progressão vertical sem o atendimento dos critérios de desempenho por meio de avaliação anual”, frisou no pronunciamento.

O desembargador revelou que os questionamentos sobre os motivos da greve são constantes e surgem nos e-mails, telefonemas e também pessoalmente, quando encontra com os servidores nos corredores do tribunal. “As reivindicações expostas do Sinjusmat em reuniões com a equipe técnica e presidência desta Corte se resume em apenas três: reajuste do auxílio alimentação, reposição salarial e aplicação do SDCR”, expôs.

Perri se demonstra surpreso com a greve e disse não entender os motivos da paralisação. O desembargador sustentou que poucos servidores teriam aderiado ao movimento. De acordo com o magistrado, a motivação da pouca adesão seria pelo fato dos servidores não considerarem a greve justa.

O magistrado também criticou a atitude do sindicato, que não fez cobranças na gestão anterior quando o acordo foi firmado. "O Sinjusmat fez pouco por você, servidor. Pelo contrário, em um ano e quatro meses, não abriu a boca para reclamar. Gostaria muito de saber por que o Sinjusmat não cobrou antes?", questionou.

Perri também informou que Tribunal Pleno já aprovou reajuste de 32% do auxílio alimentação dos servidores, instituído pela Lei Estadual nº 9.547/2011. O benefício que até então era de R$ 315,60 vai para R$ 415,60. A decisão é retroativa e o novo valor passa a valer a partir do dia 1º de maio. Sendo assim, o incremento já virá no próximo pagamento.

“O Sinjusmat pleiteou o reajuste para R$ 900, o que causaria um impacto de R$ 30 milhões na folha de 2013, R$ 52 milhões em 2014 e, pasmem, R$ 55 milhões em 2015. É evidente que o Tribunal de Justiça não tem como atender isso e o Sinjusmat sempre soube, especialmente sobre o orçamento de 2013”, frisou.

Conforme o Olhar Jurídico já divulgou, em reunião na quinta-feira (16),  a comissão de greve do Sinjusmat revelou descontentamento com a gestão de Perri. Os servidores alegaram que se sentem frustrados por não terem sido atendidos no tocante ao acordo firmado em 2011, após uma greve de mais de 100 dias.

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