O juiz federal pernambucano Odilon de Oliveira, de 63 anos, que vive sob proteção policial desde 1998 por conta das ameaças de morte recebidas por parte do crime organizado em Mato Grosso do Sul, tem seu nome indicado por simpatizantes ao cargo de Supremo Tribunal Federal (STF).

A indicação foi protocolizada na última quarta-feira (19.12) pelo executivo Josemar de Campos Silva, que pretende ver o juiz ocupando a cadeira vaga pelo ministro Carlos Ayres Britto após sua aposentadoria da magistratura.

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Segundo Josemar, o juiz Odilon é um nome preparado e competente para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

"Ele é um exemplo de juiz que cumpre suas obrigações e por causa disso ele precisa andar escoltado e com proteção policial para sua família. É um exemplo para o Brasil", afirmou.

De acordo com o organizador da indicação, a iniciativa tem o apoio do senador Pedro Taques (PDT-MT) e de toda a bancada federal de Mato Grosso do Sul.

Josemar é o mesmo que organizou um protesto com 1500 velas em frente ao STF para pedir a saída do ministro Gilmar Mendes da então presidência da Suprema Côrte.

"Nós pedimos a saída dele por causa da emissão de dois alvarás de soltura em favor do banqueiro Daniel Dantas", lembrou.

Odilon é juiz da 3ª vara federal de Mato Grosso do Sul. Pai de dois filhos e uma filha, já adultos, o magistrado é escoltado até dentro de casa, todos os dias, 24 horas por dia. Ao todo, são dez investigadores da Polícia Federal, que vêm de fora do Estado e se revezam no turno de 24 horas. A cada dois meses há troca de agentes.

Atualizada e corrigida em 26.12 às 10h06.