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Sábado, 27 de abril de 2024

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DESVIO DE R$ 3 MILHÕES

Bosaipo é intimado a produzir provas em ação que teve sentença de 28 anos anulada pelo TJMT

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Bosaipo é intimado a produzir provas em ação que teve sentença de 28 anos anulada pelo TJMT
A juíza Ana Cristina Mendes intimou o ex-deputado Humberto Melo Bosaipo para que se manifeste na ação proveniente da Operação Arca de Noé, que ele chegou a ser condenado a 28 anos por lavagem de dinheiro, informando as provas que pretende produzir. Processo versa sobe suposto desvio de R$ 3,369 milhões oriundos de operações financeiras entre a Assembleia Legislativa e a empresa “fantasma” C.P.T. Almeida.

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Em outubro de 2018, o ex-deputado foi condenado a 28 anos, dez meses e vinte dias de reclusão, em regime inicial fechado, por integrar o esquema que desviou os milhões da casa de leis, usando a empresa de fachada.

Inconformado, Bosaipo interpôs recurso de apelação contra a sentença e, sob relatoria do desembargador Marcos Machado, os magistrados do Tribunal de Justiça, por unanimidade, declararam a nulidade do processo, a partir da audiência de instrução e julgamento realizada em fevereiro de 2017, oportunizando ao ex-deputado a produção de provas, dentre elas interrogatório e acareação.

Na decisão proferida no último dia 14, a magistrada da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, então, intimou Bosaipo e o Ministério Público informando o retorno dos autos à instância de primeiro piso, uma vez que a sentença foi anulada e a instrução processual reaberta.

Ação afirma que operações comerciais entre a Assembleia Legislativa Estadual e a empresa de fachada C.P.T. Almeida causaram prejuízo na ordem de R$ 3,369 milhões. Ainda segundo os autos, valores eram usados para pagamento de despesas pessoais ou decorrentes de campanhas eleitorais do então deputados José Riva e Humberto Bosaipo.

Cheques nominais à C.P.T. Almeida, suposto fornecedor da ALMT, eram encaminhados pelos próprios deputados para a Confiança Factoring, propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo e lá eram trocados por dinheiro, ou por cheques emitidos pela Confiança e nominais aos deputados.

Posteriormente, os cheques emitidos eram compensados ou sacados em prol da Confiança Factoring, fechando-se assim o círculo criminoso de desvio e apropriação indevida de dinheiro público.
 
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