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Domingo, 28 de abril de 2024

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Pão e Circo

Juíza bloqueia R$ 8,8 milhões em chácaras, terrenos, empresas, casas e carros de alvos em operação

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Juíza bloqueia R$ 8,8 milhões em chácaras, terrenos, empresas, casas e carros de alvos em operação
Em decisão proferida no final de fevereiro, a juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o bloqueio de R$ 8,8 milhões dos alvos da Operação Pão e Circo, que constatou ilegalidades em pelo menos 33 convênios firmados entre o Estado de Mato Grosso e a Casa de Guimarães. Dentre os alvos da restrição, constam empresários e suas respectivas empresas.

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O bloqueio dos valores foi requerido pelo Ministério Público do Estado, apontando que o montante foi supostamente pago irregularmente no âmbito dos contratos e convênios. O órgão sustentou que há pagamento por serviços superfaturados, ou trabalhos que não foram prestados.

“Posto isto, em parcial consonância com o Ministério Público, defiro liminarmente, com fundamento no art. 1º do Decreto-Lei nº. 3.240/41, o sequestro dos bens móveis e imóveis, mediante a inserção no Sistema de Restrição Judicial RENAJUD e expedição de oficio ao respectivo CRI, determinando a averbação da medida de indisponibilidade“, proferiu a magistrada.

Chácaras, terrenos, carros, e lotes foram bloqueados pela decisão liminar de Ana Cristina Mendes. Operação Pão e Circo foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em 2018.

Pesam contra a Casa de Guimarães os "fortes indícios de ilegalidade em 33 convênios" e na destinação de R$ 31,7 milhões, conforme apontou o conselheiro interino do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Moises Maciel, ao atender medida cautelar proposta pelo Ministério Público de Contas em junho daquele ano.

A Associação é investigada por suspeita de "fortíssimos indícios de práticas de ilícitos penais, como organização criminosa, peculato, falsidade ideológica, fraude e licitações e lavagem de capitais".

Foram suspensos os Convênios 1327/2017 e 0630/2017, firmados entre a Sedec e a Associação Casa de Guimarães, vigentes, respectivamente, até 21 de agosto de 2018 e 2 de fevereiro de 2019. Já o Convênio 0165/2018, que envolve também a Secretaria de Estado de Cultura (SEC), no valor de R$ 946 mil, tem por objeto a realização de ações orientativas e recreativas para o uso sustentável do Complexo da Salgadeira.


 
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