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Sábado, 27 de abril de 2024

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AFASTADO DA PREFEITURA

Relatório da polícia sugere que Emanuel seria 'El Patrón', chefe por trás de esquemas

Foto: Reprodução

Relatório da polícia sugere que Emanuel seria 'El Patrón', chefe por trás de esquemas
Relatório da polícia civil que embasou o pedido de afastamento de Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo de Prefeito de Cuiabá sugeriu que ele pode ser o “El Patrón”, pessoa misteriosa que foi citada diversas vezes pelos principais alvos da Operação Cartão Postal, que investiga possível desvio de R$ 87 milhões da Saúde de Sinop. Emanuel foi afastado nesta segunda-feira (4), sob ordem do desembargador Luiz Ferreira da Silva, acusado de chefiar organização criminosa que causou prejuízos milionários na Saúde da capital.

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Nas conversas interceptadas no âmbito da Cartão Postal, os investigados sempre citavam pagamento de propina ao “El Patrón”. No entanto, os cargos máximos da saúde, tanto em Cuiabá quanto em Sinop, eram ocupados, respectivamente, pelas secretárias Suelen Alliend e Daniela Galhardo, levantando a hipótese de que o patrão só poderia ser uma figura masculina e hierarquicamente superior a ambas.

O advogado Hugo Florêncio Castilho, sócio do Instituto IGGP, responsável pela gestão da Saúde de Sinop e órgão intermediador do esquema, conversou com Luiz Vagner Silveira, proprietário da Med Clin Serviços Médicos Ltda. Na interceptação do diálogo foi revelado que eles falam sobre pagamento, com urgência, de R$ 87 mil ao El Patrón, e que todo mês cerca de R$ 277 mil eram repassados a ele.

"Ademais, chamou a atenção que tanto na cidade de Sinop quanto em Cuiabá, na data das mensagens via whatsapp (07/12/2022) as Secretárias de Saúde desses municípios eram mulheres. Portanto, fica claro que, se a autoridade máxima de saúde dos municípios era do sexo feminino, a expressão 'El Patron' possivelmente se referiam a seus superiores, qual seja, o prefeito municipal", diz trecho do relatório.

O desembargador Luis Ferreira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), afastou, nesta segunda-feira (4), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por seis meses, pela suposta prática de organização criminosa. Para o MPE, ele é chefe do grupo que atuou com objetivo de causar “sangria dos cofres públicos”, sobretudo na pasta da Saúde municipal. O prejuízo estimado ao erário seria de R$ 350 milhões.

Afastado do cargo, Pinheiro também foi proibido de se ausentar da capital sem comunicação ao Poder Judiciário. Ainda conforme a decisão, Emanuel não pode manter contato, por qualquer meio, de forma direta ou por intermédio de outra pessoa, com servidores e agentes políticos, como secretários. 

O emedebista também deve evitar contato com os demais investigados.  
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