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ESCÂNDALO DA MAÇONARIA

Juiz diz que foi 'agraciado por Deus' ao ser reintegrado por decisão do Supremo: 'sem ressentimento'

21 Fev 2024 - 18:42

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Pedro Coutinho

Foto: Pedro Coutinho/Olhar Direto

Juiz diz que foi 'agraciado por Deus' ao ser reintegrado por decisão do Supremo: 'sem ressentimento'
Nesta terça-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF) reintegrou ao quadro da magistratura estadual o juiz Irênio Lima, que havia sido condenado à aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após o “Escândalo da Maçonaria". Ele foi restituído por unanimidade após os magistrados seguirem o voto do relator, o Ministro Kassio Nunes. 


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Presente na cerimônia de posse dos novos desembargadores do TJMT, realizada nesta quarta-feira (21), Irênio conversou com a  imprensa e comentou sobre a decisão da Suprema Corte. Em sua fala, disse que foi agraciado por Deus por ter tido seu processo escolhido entre tantos, mas pontuou que foi injustiçado e que, mesmo assim, não guarda ressentimentos.  

“Eu me senti agraciado por Deus, por ter feito um grão de areia que é o meu processo, num universo que tem dentro do STF. Só um milagre levaria eles [o STF] a escolher o meu processo e pôr para julgar e me devolver a dignidade, não só a mim, como a toda a minha família. O resto faz parte da luta, sem ressentimento, sem nada”, disse. 

“Eu acredito que eu fui injustiçado porque o tribunal corrigiu [a ação do CNJ]. Quando houve o processo, e na sequência dele, a auditoria do Estado investigou e chegou a conclusão que nós recebemos menos do que tínhamos direito. O Tribunal de Contas analisou e falou: 'tá tudo correto, não tem nada que fazer'. O Ministério Público fez a mesma coisa e concluiu que não tinha nada que pudesse nos incriminar ou nos condenar para nos processar”, completou. 

Questionado se vai voltar a atuar no cargo, o desembargador afirmou que "vai retornar e vai sair aposentado pelo tempo”. 

Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça afastou, por unanimidade, 7 juízes e três desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. À época, pairavam sobre eles acusações de uso irregular de verbas com distribuição privilegiada de pagamentos atrasados. Segundo a denúncia, eles teriam recebido dinheiro do Tribunal, a título de pagamentos atrasados, que foram entregues à Loja Maçônica Grande Oriente, onde os desembargadores eram Grão-Mestre.
 
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