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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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STJ nega liberdade a contador condenado por envolvimento em latrocínio de advogado

STJ nega liberdade a contador condenado por envolvimento em latrocínio de advogado
O ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus ao contador João Fernandes Zuffo, que foi condenado a 62 anos, três meses e cinco dias de reclusão pelo latrocínio que culminou na morte do advogado João Anaídes de Cabral Netto, de 49 anos, ocorrido em 2021. A decisão é do dia 1º de fevereiro, mas só foi publicada nesta segunda-feira (5).

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 João Zuffo foi sentenciado pelo cometimento dos crimes de organização criminosa, crime de corrupção de menor, latrocínio, e roubo majorado. Além dele, a juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou Ronair Pereira da Silva (48 anos de reclusão), Lucas Matheus da Silva Barreto (38 anos de reclusão) e João Manoel Correa da Silva (quatro anos).
 
A defesa de Zuffo pleiteou a concessão de prisão domiciliar com base na saúde debilitada do contador. Os documentos médicos apresentados, segundo a equipe jurídica, evidenciava a necessidade de acompanhamento cardiológico e a urgência de procedimento invasivo, sendo necessário uma estrutura hospitalar adequada.
 
O ministro, que é relator do caso, indeferiu a liminar, destacando a necessidade de informações prévias para avaliar o alegado excesso de prazo. Quanto às condições médicas do paciente, o magistrado ressaltou a falta de documentação que comprove a impossibilidade de tratamento na unidade prisional.
 
“É cogente ao impetrante, sobretudo quando se tratar de advogado constituído, apresentar elementos documentais suficientes para se permitir a aferição da alegada existência de constrangimento ilegal no ato atacado na impetração, iniciativa que não se desincumbiu o impetrante”, diz trecho da decisão.
 
O latrocínio
 
As investigações identificaram o envolvimento de oito pessoas no latrocínio do advogado João Anaídes de Cabral Netto. O grupo comandado por Zuffo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa.
 
O advogado e mais uma vítima do roubo foram amarrados separadamente em um banheiro. Os suspeitos começaram a subtrair objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro.
 
A vítima que estava trancada no banheiro com o advogado relatou que um dos suspeitos arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides. Após o disparo, os criminosos fugiram do local levando duas camionetes, uma delas, do advogado.
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