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Sábado, 27 de abril de 2024

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DETIDOS EM OPERAÇÕES

Justiça mantém prisões de empresário e advogado acusados por esquema que desviou mais de R$ 300 milhões

Foto: Reprodução

Justiça mantém prisões de empresário e advogado acusados por esquema que desviou mais de R$ 300 milhões
Detidos por integrar esquema que sonegou mais de R$ 300 milhões em ICMS, o empresário Bruno Alberici e o advogado Elisandro Nunes Bueno passaram por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (1º) e foram mantidos presos preventivamente pela Justiça. Eles foram detidos no âmbito das operações Déjá Vu e Odisseia, deflagradas pela Delegacia Fazendária e pela 14ª Promotoria de Justiça na quarta (31).

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Foram alvos de mandado de prisão: o advogado Elisandro Nunes Bueno e os empresários Bruno Cicaroni Alberici e Mário Teixeira Santos da Silva. Esse último não se encontrava em sua residência no momento da operação e a medida cautelar não foi cumprida. O trio também foi alvo de busca e apreensão.

Edenilton Balbino Costa, Solange da Silva Lima (prestava auxilio contábil) e Edgleyton Barbosa da Silva (advogado) tiveram as contas bancárias bloqueadas. Eles são suspeitos de participarem de dois grupos criminosos que causaram prejuízos aos cofres públicos que ultrapassam os R$ 370 milhões, por meio de diversas fraudes fiscais relacionadas ao ICMS.
 
Os policiais também cumpriram mandados nas empresas: Inova Agro Ltda, MFC Participações Ltda e MTSS Holding Ltda, ligadas a Mário Andrade Teixeira Santos da Silva. Já a Exportagro Indústria Brasileira Ltda e a Trans-Agro Transporte e Logística Agropecuária Ltda possuem ligação com Bruno Cicaroni Alberici.

Bruno foi apontado como líder do grupo, tendo sido delatado pelo empresário Alexsandro de Souza Silva, que também participou da empreitada. Segundo as investigações, a liderança de Alberici foi revelada diante de sua postura de negociação e oferecimento de parceria nas empresas que eram constituídas de fachada. 

Outro ponto destacado foi a identificação do numeral utilizado nas mensagens interceptadas, como sendo de Bruno. Transferências bancárias com dados informados por Bruno foram flagrados pelas investigações por meio das conversas interceptadas entre ele e o delator.

No relatório que transcreveu os diálogos, Alberici chega a enviar um link de site de notícias informando sobre operações de combate às empresas de fachada espalhadas pelo país.

Receoso e preocupado que pudesse entrar na mira das ações, ele disse ao delator que estava “cabreiro” e que não iria “ficar boiando em Cuiabá”. Cinco dias depois, ele enviou sua localização nos Estados Unidos para Alexsandro.

Elisandro seria o responsável por ajuizar os mandados de segurança na Justiça de Mato Grosso, com intuito de conseguir reativar as empresas que, suspensas, foram usadas pelo grupo como fachada. O objetivo era incluir essas companhias no regime especial de recolhimento de ICMS.

 
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