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Sábado, 27 de abril de 2024

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IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Inquérito investiga se suplente de deputado agarrou e apertou nádegas de servidora

Foto: JLSiqueira/ALMT

Inquérito investiga se suplente de deputado agarrou e apertou nádegas de servidora
O suplente de deputado estadual, Valter Miotto (MDB), que foi proibido de se aproximar da ex-mulher por suposta violência psicológica, também é alvo de inquérito que investiga caso de importunação sexual. De acordo com os autos, servidora identificada como C.S.R. o acusa de ter lhe agarrado a força e ter passado a mão em suas nádegas. O caso chegou à delegacia de polícia de Matupá em 2020.

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Em portaria expedida no mês de novembro daquele ano, o delegado Waner dos Santos Neves resolveu instaurar inquérito policial contra Valtinho Miotto, como o suplente é conhecido, para investigar os fatos e as circunstâncias narradas pela servidora.

A funcionária pública contratada da prefeitura, C.S.R. afirmou que na manhã do dia 18 de novembro foi até o gabinete de Miotto, que era prefeito da cidade, para lhe entregar uma chave. Neste momento, ela narrou que ele lhe agarrou a força e passou as mãos em suas nádegas e, que ao reclamar sobre o ato, ele teria lhe dito que “era só um pouquinho”.

Diante da situação constrangedora, a servidora pediu demissão do cargo. Ela ainda afirmou à polícia que Miotto disse que eles conversariam assim que ela voltasse de viagem.

Diante da denúncia e da possível caracterização do crime de importunação sexual praticado por Miotto, o delegado tomou uma série de providências para investigar o caso, como a juntada dos documentos produzidos, colhimento de depoimento da vítima, audição com testemunhas, pronunciamento do suspeito em interrogatório com a juntada de seus antecedentes criminais e vida pregressa.

“Expedir ordem de serviço para que investigadores lotados nessa delegacia possam diligenciar no intuito do total esclarecimento dos fatos narrados, inclusive com apreensão de imagens de câmeras de segurança que possam colaborar com a investigação, sejam eles dentro ou fora do gabinete do prefeito”, diz trecho da portaria.

Em janeiro do ano passado, a delegacia diligenciou no sentido de intimar Miotto para comparecimento e interrogatório acerca dos fatos, bem como localizar, identificar e intimar testemunhas oculares do crime ou testemunhas que tenham conhecimento e possam contribuir com o seu esclarecimento (pessoas que eventualmente possam atestar a personalidade do suspeito - familiares, amigos, colegas de trabalho etc).

O depoimento de Miotto ainda não foi colhido pelas investigações e a última movimentação do caso remonta de março do ano passado, quando o Ministério Público devolveu os autos à delegacia de polícia para realização das diligências faltantes, concedendo o prazo de 120 dias para a conclusão do expediente.

Violência contra ex-mulher

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa (ALMT) encaminhou ao chefe do Ministério Público Estadual (MPE), procurador Deosdete Júnior, pedido para investigação do suplente de deputado Valter Miotto, que foi proibido de se aproximar da ex-mulher por suposta violência psicológica.

Na semana passada, o Olhar Direto noticiou que o juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (700 km de Cuiabá), expediu medidas protetivas contra Miotto. As medidas cautelares foram determinadas após pedido da ex-esposa dele, que alegou ter sofrido violência psicológica.

 A defesa da vítima ingressou com uma ação de reconhecimento e dissolução de união estável com pedido de medidas protetivas de urgência e alimentos provisionais (pagamento de pensão no valor de R$ 40 mil). A decisão é de novembro de 2023, quando o emedebista estava ocupando uma das cadeiras da ALMT.
 
A vítima relata que, durante todo o relacionamento, sofreu violência psicológica, sendo agredida verbalmente. Além disso, denunciou que era proibida de sair publicamente sem a permissão do ex-prefeito e de colocar o seu sobrenome na filha do casal. Ela ainda afirma que “sempre foi tratada como um objeto pelo suspeito”.
 
Em nota, o suplente afirmou que já acionou a Justiça para restabelecer a verdade “frente aos fatos inverídicos apresentados por sua ex-esposa”.

O político declarou ainda que está separado há quase três anos e reconhece uma disputa patrimonial em andamento entre eles. Além disso, disse que sua ex-mulher reside atualmente em Porto Alegre. 

“Infelizmente ela optou por mover uma ação no poder judiciário, após parte de seus pedidos e alegações, serem rechaçados pelo Poder Judiciário. (...) Optou por atacar a imagem deste por ser um homem público, informa que também tomou as medidas judiciais cabíveis para o restabelecimento da verdade, frente aos fatos inverídicos apresentados por sua ex-esposa”, disse. 
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