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Domingo, 28 de abril de 2024

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CONSTRUÇÃO ILEGAL

Leilão de resort no Manso é suspenso após Justiça descobrir que empreendimento está em área federal

Foto: Reprodução

O resort Paraíso do Manso Resort, em Chapada dos Guimarães

O resort Paraíso do Manso Resort, em Chapada dos Guimarães

O leilão do empreendimento Paraíso do Manso Resort, em Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá), foi suspenso pela Justiça Federal. O estabelecimento teria sido usado em esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas e foi sequestrado na Operação Status, deflagrada pela Polícia Federal, em setembro de 2020.

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O empresário Tairone Conde Costa, que seria o dono do resort, e a mulher dele, chegaram a ser presos durante a deflagração da operação, em Cuiabá.

A decisão do juiz Luiz Augusto Iamassaki Florentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, foi proferida após o Incra e o Intermat informarem que o estabelecimento foi construído em área da gleba Marzagão II, que pertence à União. O fato inviabiliza a alienação judicial do bem.

Ainda conforme a decisão, o Ministério Público Federal (MPF) informou que a Secretaria de Patrimônio da União levantou a possibilidade de incorporar o imóvel construído sobre a área da União, o que seria de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O juiz notificou o ministério para que esclareça, em 30 dias, se tem interesse em incorporar o imóvel ao patrimônio público, evitando que a área continue sendo indevidamente explorada por algum dos investigados ou terceiros.

Na operação foram sequestrados mais de R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico de drogas no Brasil e no Paraguai. No Brasil estão sendo sequestrados e apreendidos 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da Organização Criminosa.
 
A Operação Status se destacou por ser um modelo de cooperação internacional entre a Polícia Federal e a SENAD/Paraguai, ressaltando que, somente em solo paraguaio, estão sendo sequestrados dez imóveis, no valor aproximado de R$ 150 milhões.
 
Policiais federais cumpriram, também, oito mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão, além das ordens de sequestro já mencionadas, todas expedidas pela 5ª Vara Federal em Campo Grande.
 
Em Mato Grosso, foram cumpridos os seguintes mandados: Cuiabá (três de busca e apreensão e um de prisão preventiva); Barra do Garças (dois mandados de busca e apreensão em fazendas); Primavera do Lestes (dois mandados de busca e apreensão).
 
A operação foi batizada de “Status” em alusão à ostentação de alto padrão de vida mantida pelos líderes da organização criminosa, com participações em eventos de arrancadas com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos para eventos pessoais e residências de luxo.
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