A juíza Célia Regina Vidotti reconheceu na segunda-feira (07) que o Ministério Público de Mato Grosso não apresentou todas as provas do processo judicial decorrente do escândalo conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.
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Decisão reconhece que Ministério Público “escondeu” provas da grampolândia.
Na decisão proferida pela na Vara Especializada em Ações Coletivas a juíza acatou pedido da defesa do ex-governador Pedro Taques (SD) que referia-se a dificuldade da defesa de acessar todas as provas colhidas pelo Ministério Púbico.
“Considerando os argumentos apresentados pelo embargante, notadamente, a ausência de justa causa e a não disponibilização de todo o acervo probatório produzido nos inquéritos policiais, que apuraram os mesmos fatos, o que impediria o pleno exercício da ampla defesa, concedo o efeito suspensivo pleiteado”, afirmou a juíza.
O embargo de declaração foi apresentado pela defesa de Pedro Taques, do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques, dos coronéis Evandro Lesco, Zaqueu Barbosa, Siqueira Júnior, além do cabo Gerson Corrêa.
Ação do MP
Em março de 2021 o promotor de Justiça Ronaldo Rodrigues de Oliveira Filho ingressou com ação na qual pede indenização de R$355 mil. Os réus são acusados de participação na criação de um escritório de interceptação telefônica que foi utilizado para investigar políticos, empresários e jornalistas considerados rivais do governo Taques.