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Domingo, 28 de abril de 2024

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DIPLOMA INVÁLIDO

Falsa médica envolvida em morte de prefeito é condenada por exercício ilegal da medicina

Foto: Reprodução

Falsa médica envolvida em morte de prefeito é condenada por exercício ilegal da medicina
O juiz Vagner Dupim Dias, do Juizado Especial de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), condenou Yana Fois Coelho Alvarenga por exercício ilegal da medicina. A pena seria em regime aberto, mas o juiz autorizou a conversão da pena privativa de liberdade em uma pena restritiva de direito, consistente em prestação pecuniária. Ela ainda foi condenada ao pagamento de 60 dias-multa, no valor de cinco vezes o salário mínimo para cada dia-multa. Yana foi presa em dezembro de 2017 acusada de ajudar a planejar o assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes.

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A decisão é do último dia 27. O magistrado julgou procedente a pretensão punitiva da denúncia e condenou Yana a oito meses de detenção, em regime aberto, por entender que ficou comprovado que ela teve seu diploma invalidado pelo reitor. No entanto, ele acabou autorizando a conversão da pena.

"Nos termos do artigo 44, § 2º, do Código Penal, e considerando que as circunstâncias do artigo 59 do mesmo diploma legal não desabonam a ré a ponto de impedir a substituição, considero ser suficiente para a prevenção e reprovação do crime a conversão da pena privativa de liberdade em uma pena restritiva de direito, consistente em prestação pecuniária a ser ajustada no respectivo processo executivo de pena".

Ela também foi condenada a pagar 60 dias-multa, no valor de cinco vezes o salário mínimo para cada dia-multa, e também a pagar as custas e despesas processuais. Yana pode recorrer em liberdade.

Morte de prefeito
 
O prefeito de Colniza conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado por criminosos, em um veículo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade.
 
O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir, que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR-174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas.
 
A prisão
 
Antônio, Zenilton, e Welisson fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados a cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da  Regional da Polícia Civil de Juína, que auxiliou as investigações. Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie.
 
O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.
 
Foram usadas quatro armas de fogo no crime, mas somente um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontrados dentro de uma bolsa deixada no mato, pela Polícia Militar. As armas estavam a cerca de 15 km de Colniza, localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa.
 
Duas pistolas, que segundo as informações levantadas, também foram usadas, teriam sido jogadas dentro de um rio.

Yana Fois Coelho Alvarenga, segundo aponta o Ministério Público, foi quem ligou seu marido Antônio Pereira Rodrigues Neton a Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva. O marido da médica é empresário no município e teria oferecido R$ 5 mil a cada um dos comparsas para o auxiliar. Após o assassinato, Yana teria dado ordens a um irmão de Antônio, um garoto de 15 anos, para que ele pegasse o trio com um carro diferente do usado no crime para despistar a polícia.
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