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Sábado, 04 de maio de 2024

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​MORTO A TIROS

Juíza condena dois a mais de 20 anos de prisão e absolve um após latrocínio contra professor da UFMT

Foto: Reprodução

No detalhe: a vítima Francisco Moacir Pinheiro Garcia

No detalhe: a vítima Francisco Moacir Pinheiro Garcia

A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (a 479 km de Cuiabá), condenou Rodrigo Jospe Pozzer a 29 anos, um ês e 15 dias de prisão, e Vitor Fernando de Oliveira a 21 anos e quatro meses de prisão pelo latrocínio do professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Francisco Moacir Pinheiro Garcia, em dezembro de 2018. Um terceiro denunciado foi absolvido por falta de provas.

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A magistrada relata que o Ministério Público denunciou Kelvin Rodrigues Vargas e Victor Fernando de Oliveira pelos crimes de latrocínio e corrupção de menor, e Rodrigo José Pozzer, além destes dois crimes, por falsa identidade e adulteração de sinal identificador de veículo. Ao fim de toda a instrução processual as defesas dos três pediram absolvição.

A juíza entendeu, de acordo com os depoimentos de testemunhas e com as provas dos autos, que ficou comprovada a participação de Rodrigo e Victor no crime, já que ambos estavam no momento em que Francisco foi assassinado. Um adolescente também teria participado do delito.

"Desde a fase inquisitorial, o acusado Victor Fernando de Oliveira e o adolescente V.S.S. sustentaram que foram procurados pelo acusado Rodrigo para realizarem um roubo. Narraram que, no dia fatídico, conforme previamente ajustado com Rodrigo, abordaram o veículo em que a vítima e Rodrigo estavam, conduzido por este último, anunciaram o assalto, ameaçando-os com arma de fogo. Segundo eles, o acusado Rodrigo iria simular ser vítima do delito, no entanto, a vítima percebeu seu envolvimento. Alegaram que o combinado era amarrar a vítima em um local de mata para ficarem com os pertences dela, no entanto, ao chegar no lugar onde a deixariam, acabaram efetuando disparo de arma de fogo, o qual foi a causa eficiente de sua morte"

Os investigadores da Polícia Civil corroboraram esta versaõ. O acusado Kelvin teria sido o responsável pelo empréstimo da arma de fogo utilizada no crime. A juíza, porém, entendeu que sua participação não ficou suficientemente comprovada.

"Em relação à autoria, esta resta induvidosa tão somente quanto aos acusados Rodrigo Jose Pozzer e Victor Fernando de Oliveira. Todavia, no que concerne ao acusado Kelvin Rodrigo Vargas, em que pese a existência de indícios na ocasião do recebimento da denúncia, a sua participação não restou suficientemente comprovada durante a instrução processual", justificou.

Ela então condenou Victor Fernando de Oliveira a 21 anos e 04 meses de reclusão e pagamento de dez dias-multa, e Rodrigo Jospe Pozzer 29 anos, um mês e 15 dias de reclusão e pagamento de 24 dias-multa.

O caso
 
O desaparecimento  da vítima foi comunicado na Polícia Judiciária Civil em 20 de dezembro, por uma amiga, que contou que tentou manter contato por ligações e mensagens com o amigo, e uma pessoa respondeu com vários erros de português, o que seria improvável ser a vítima já que é professor.
 
A foto do perfil no whatsapp também tinha sido retirada. O telefone estava dando desligado, o veículo da vítima também não foi encontrado na casa dele. A vítima tinha uma consulta marcada no dia 19 de dezembro devido uma cirurgia que fez no braço, mas a atendente disse que ele havia pedido para remarcar a consulta, pois estava em viagem com problemas pessoais. Na mesma data a vítima falou a parentes que tinha indo na consulta e estava tudo bem, indicando que alguém estava usando o aparelho celular da vítima.
 
Cinco dias antes da comunicação do desaparecimento (15 de dezembro), um corpo foi localizado às margens de uma rodovia entre os municípios de Claudia e União do Sul e estava até então sem identificação.
 
A amiga da vítima reconheceu o corpo no IML de Sinop como sendo o professor. A vítima teria sido morta com tiro de revólver, calibre 22.
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