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Domingo, 05 de maio de 2024

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​tornozeleira eletrônica

Desembargador manda soltar preso na operação Sangria e determina monitoramento

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Desembargador manda soltar preso na operação Sangria e determina monitoramento
O desembargador Márcio Vidal soltou mais um dos alvos da operação Sangria, deflagrada na última terça-feira (18) pela Delegacia Fazendária. Adriano Luis Alves de Souza foi solto, mas será monitorado pela Justiça com tornozeleira eletrônica. O pedido acatado pela justiça foi protocolizado pelo advogado José Eduardo Polisel Gonçalves. 

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O alvo da operação também está proibido de manter contato com suspeitos e testemunhas e não pode pisar nas secretarias de Saúde Estadual e Municipal. Além de comparecer sempre que intimado e não poder trocar de endereço, Adriano não poderá sair de Cuiabá sem autorização prévia da Justiça.
 
Adriano é apontado como gerente geral da empresa Proclin, investigada pela Defaz. Considera o desembargador na decisão que o suspeito de integrar a organização criminosa instalada na saúde se mostrou disposto em colaborar com a Justiça, pois não apresentou impeditivos à entrega de aparelhos eletrônicos e senhas aos investigadores.
 
Segundo a apuração, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencente a eles (Proclin/Qualycare) possam atuar livremente no mercado, “fazendo o que bem entender, sem serem incomodados, em total prejuízo a população mais carente que depende da saúde pública para sobreviver”.

A investigação demonstra que a organização criminosa, chefiada por médicos, estão deteriorando a saúde pública de Cuiabá e do Estado de Mato Grosso. Levantamento feito pela Central de Regulação de Cuiabá, em 2017, aponta que 1.046 pessoas aguardavam por uma cirurgia cardíaca de urgência e outras 390 por um procedimento cardíaco eletivo.

“Pedimos apoio da população para transformar essa calamidade que a saúde pública de Mato Grosso. Aquelas pessoas que foram prejudicadas, tiveram parentes que morreram por falta de atendimento nos hospitais, que denunciem para que possam ser punidas com rigor essas pessoas que desprezam o valor da vida humana”, orientou o delegado.

A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.

Nome da Operação

O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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