Após mais de cem dias de cárcere, o deputado Mauro Savi (DEM) e os advogados Pedro e Paulo Zamar Taques, deixaram o Centro de Custódia de Cuiabá. Na saída, Mauro Savi e Pedro Taques evitaram conversar com os jornalistas. Já o advogado Paulo Taques declarou ser inocente.
Os três obtiveram a liberdade após uma votação apertada na noite de quinta-feira, 23, pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Do total de desembargadores presentes, 9 votaram para a revogação da prisão e outros oito pela permanência do cárcere considerando perigo que podem representar para a instrução processual.
Em uma longa sessão na noite de ontem n(23), os desembargadores acataram - por unanimidade - pelo recebimento da denúncia por um esquema de corrupção que teria gerado 'benefícios' da ordem de R$ 27 milhões a eles.
Além de responderem por constituição de organização criminosa, aos denunciados foram imputados os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.
De acordo com o MPE, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas com o ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Teodoro Moreira Lopes, vulgo “Doia”, indicação do deputado estadual Mauro Luiz Savi; e com os sócios proprietários da empresa FDL, atualmente EIG Mercados.
O esquema girou em torno da contratação da empresa responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor. Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais.
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