Os desembargadores da Terceira Criminal Criminal negaram nesta quarta-feira (23) habeas corpus da defesa do jornalista Antônio Carlos Milas de Oliveira. O jornalista pediu que fosse considerada a possibilidade de pagar fiança para que ele saísse da prisão, o que também foi negado.

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O jornalista foi preso em 12 de março de 2016, quando foi deflagrada a Operação denominada “Liberdade de Extorsão”. Milas e seus dois filhos, Maycon Feitosa Milas e Max Feitosa Milas, foram presos acusados de extorquir o empresário Filinto Muller. Quem também é apontado como vítima do trio é o ex-governador Silval Barbosa. 

No julgamento do HC, o relator Luiz Ferreira da Silva entendeu que o pedido é “repetido” na Câmara. Ele lembrou requerimentos semelhantes já foram analisados pela Terceira Câmara anteriormente. O fato levou o desembargador a negar de pronto a liberdade do acusado, restando apenas a possibilidade de fiança.

“Esta matéria ela é recorrente aqui na nossa Câmara, deve ser o quinto ou sexto habeas corpus, cada um mais tenaz que o outro. Nós já julgamos isso por várias vezes, fica só por examinar se ele realmente faria jus à fiança e eu digo que não, em razão de sua reiteração delitiva”, classificou o magistrado.

No caso, o relator recordou que Milas voltou a extorquir empresários cinco meses após ser beneficiado pela redução de sua prisão, no ano passado. Segundo a denúncia, Filinto Muller e José Geraldo Riva confirmaram que foram procurados pelo jornalista quando ele estava solto.

“Ele [Milas] foi no escritório do advogado de Filinto para extorquir o empresário e usou documentos que possuía dizendo que levaria os papéis até o Ministério Público.”, comenta o desembargador. Com este entendimento, o pedido foi denegado por unanimidade.