Olhar Jurídico

Sexta-feira, 10 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Dois Geraldos e uma história

Ex-chefe de gabinete de Riva "imita" estratégia e entra com pedido de HC no plantão do STJ

Foto: Divulgação

Ex-chefe de gabinete de Riva
Depois de Riva e Nadaf entrarem com pedido de habeas corpus aos 45 minutos do segundo tempo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi a vez de Geraldo Lauro, ex-chefe de gabinete de José Geraldo Riva, jogar a moeda. A defesa do ex-servidor, representada pelo advogado Ardonil Manoel Gonzales Júnior, protocolizou, nesta terça-feira (22), o pedido junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).


Leia mais:
Após cinco negativas de liberdade, Silval recorre ao plantão do Tribunal de Justiça

Entretanto, o STJ já está em recesso forense, portanto o recurso só poderá ser julgado no regime de plantão do órgão, ou seja, a decisão poderá sair a qualquer momento. Esta, provavelmente, é a última tentativa de não passarem o natal, ou pelo menos o ano novo, atrás das grades.

Geraldo Lauro, quando julgado pela juíza Selma Rosane de Arruda, foi classificado pela magistrada como "criminoso habitual". E, no início deste mês, já teve pedido de HC negado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Por que ele está preso?

Ele é apontado como o ‘braço direito de Riva’, com quem teria participado de um esquema que teria desviado mais de R$ 2,6 milhões (valor atualizado) dos cofres públicos.

Geraldo foi preso dia 13 de outubro, após ser deflagrada a Operação Célula Mãe pelo Gaeco (Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado). Ele é investigado pela prática, em tese, dos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade documental, dentre outros.

Além dele, também foram detidos Maria Caramello, também chefe de gabinete de Riva, e o próprio ex-deputado.

Como o esquema funcionava

Investigações do Gaeco revelam que os servidores da Assembleia Legislativa, diante de coação de Maria Caramello, efetuaram saques em dinheiro oriundos da verba de suprimentos.

Posteriormente, os valores eram entregues, em espécie, aos servidores Geraldo Lauro e a própria Maria Caramello, que eram os chefes do gabinete de Riva.

De acordo com os autos, o esquema era gerenciado por estes dois servidores, que determinavam que os assessores sacassem os valores mensais e lhes entregassem em dinheiro. Então, as notas fiscais falsas eram feitas com ajuda dos ex-servidores Manoel Marques Fontes e Vinicius Prado Silveira.

Posteriormente, na fase depoimentos, Caramello teria novamente coagido testemunhas para blindar Riva. Além disso, segundo os autos, o advogado Alexandre Nery teria prestado assessoria jurídica aos servidores na tentativa de ‘moldar’ um discurso que dificultasse a descoberta da verdade.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet