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7ª Vara Criminal

Delator ratifica pagar 50% de R$ 9,6 milhões a Riva e nega envolvimento de familiares de ex-deputado

26 Nov 2015 - 11:47

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva

Foto: Arthur Santos da Silva/Olhar Direto

Delator ratifica pagar 50% de R$ 9,6 milhões a Riva e nega envolvimento de familiares de ex-deputado
O delator da ‘Operação Ventríloquo’, advogado Fábio Joaquim Fábio Mielli, ratificou nesta manhã, 26, à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, que José Geraldo Riva concordou em pagar, no ano de 2014, os valores devidos ao banco HSBC, mas em contrapartida, exigiu que o mesmo devolvesse 50% do valor por meio de depósitos a pessoas que ele indicaria.

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Para magistrada, ele  negou ainda que tenha destinado valores para familiares de Riva. Declarou ainda desconhecer os filhos do ex-deputado, Janaína e José Geraldo Riva Júnior e também, Janete Riva.

A pedido da defesa de Fábio, patrocinada pelo advogado Huendel Rolim, José Geraldo Riva e o ex-secretário de Finanças da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Luiz Márcio Pommot, não puderam acompanhar a audiência.

A delação de Fábio serviu para investigação do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apura o desvio da quantia de R$ 9,6 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT).

O advogado reiterou que foi procurado pelo advogado Júlio Cesar, em 2012, e que este lhe garantiu a possibilidade de ajudar a firmar um acordo sobre a demanda judicial do HSBC contra a Assembleia. Na sequência, ele se reuniu com Riva e com o então secretário de Finanças da Casa de Leis, Luiz Márcio Pommot.

Entenda:

A Operação Ventríloquo, iniciada em julho de 2015, teve início a partir da delação premiada do advogado Joaquim Miele, que representava o banco HSBC em uma demanda contra a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O advogado entregue à Justiça todo o esquema, no valor de R$ 9,6 milhões, envolvendo o antigo Banco Bamerindus, atual HSBC, durante gestão do ex-deputado Riva. Júlio Cesar Dominques, Andenson Flávio de Godói e Luiz Márcio Bastos Pommot também tornaram-se réus.

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