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Domingo, 05 de maio de 2024

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Júri de réu confesso da morte de Maiana é suspenso pela quarta vez

Foto: Reprodução

Júri de réu confesso da morte de Maiana é suspenso pela quarta vez
Está suspenso pela quarta vez o júri popular que julgaria Paulo Ferreira Martins, réu confesso da morte da adolescente Maiana Mariano, assassinada em dezembro de 2011. O desembargador Luís Ferreira da Silva deferiu, na quarta-feira (18), o pedido em caráter liminar formulado pelos advogados de defesa Givanildo Gomes, Roberto Mourão e Valdir caldas, os quais pedem o desaforamento do caso – mudança para outra comarca.

Essa foi a terceira vitória da defesa nesse sentido, sendo que um dos adiamentos foi a pedido do Ministério Público Estadual. Com isso, julgamento que estava marcado para dia 26 de novembro está sem data definida. Somente após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidir no mérito do recurso se o caso deve ou não ser enviado para outra comarca. Para a defesa, o desaforamento é necessário para garantir a imparcialidade do julgamento.

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“A sociedade cuiabana, que vai compor o corpo do conselho de sentença, já se manifestou e antecipou o veredito condenatório através das redes sociais e de comentários em sites de notícias”, pontuou Givanildo Gomes, advogado também conhecido pelas defesas de Célio Alves e Júlio Bachs Mayada. Caso seja deferido, o desaforamento deve levar o júri para alguma comarca especial, como Rondonópolis ou Cáceres.

Além disso, ainda há um Habeas Corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a suspensão do júri de Paulo Ferreira até o julgamento do mérito do recurso contra a pronúncia, decisão de enviar o réu ao conselho de sentença, ingressado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Conforme a argumentação da defesa no STF, somente após a preclusão da pronúncia é que alguém pode ser enviado a júri popular.

Caso Maiana

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.

Na denúncia, o MPE sustenta que Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor. Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.

Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória. Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre. A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá. O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.
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