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CÉLULA MÃE

"Pode ficar tranquilo que não é verdade", diz Riva ao sair de interrogatório sem prestar esclarecimentos

19 Out 2015 - 17:54

Da Redação - Túlio Paniago/ Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

O ex-deputado José Geraldo Riva se manteve em silêncio diante das perguntas dos promotores, após ficar mais de oito horas esperando para prestar esclarecimentos sobre o desvio de R$ 2,6 milhões. O ex-parlamentar passou menos de meia hora sendo inquirido. Porém, ao sair e ser questionado pelos jornalistas, foi enfático: “Pode ficar tranquilo que não é verdade”, se referindo às viagens, massagens, festas e até pagamento de ‘mensalinho’ que teria feito ilegalmente, utilizando recursos públicos destinados ao seu gabinete.


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De acordo com a defesa, ele não respondeu as perguntas dos promotores Marco Aurélio Castro e Marcos Bulhões porque não teve “tempo hábil para analisar o processo”, pois foi intimado na quinta-feira e não recebeu cópias. Porém, se comprometeu a falar em breve, desde que possa estudar melhor o inquérito. Por outro lado, Marco Aurélio afirmou que foi respeitado o prazo mínimo de três dias, e que, portanto, o argumento de Riva não se justifica. E ainda acrescentou que a fase de interrogatório foi superada e, agora, o ex-deputado só falará em juízo.

Nesta manhã, além de Riva, também foi ouvido pelos promotores o advogado Alexandre Nery. Ele é acusado pelo MPE de agir no intento de dificultar a descoberta da verdade durante as investigações. Ele atuava junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e, supostamente, assessorava juridicamente, a mando de Riva, os servidores da AL ouvidos na operação Metástase. Assim, os intimidava e “moldava” um discurso único, a fim de blindar os supostos crimes e dificultar as investigações.

Em entrevista ao Olhar Jurídico, Nery negou as acusações. “Nunca fiz nada que não fosse de acordo com a minha profissão, só prestei serviço para os investigados que me consultaram. Eles não são testemunhas e estavam na condição de investigados”, afrmou.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa foi preso no dia 13 de outubro durante a operação ‘Célula Mãe’, por ordem da juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda. Esta foi sua terceira prisão neste ano. E hoje, após se manter em silêncio, uma nova data para prestar esclarecimentos ainda não foi marcada.
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