O ex-governador do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, acaba (18h57) de ser transferido para o Centro de Custódia de Cuiabá, unidade em que também estão presos Marcel de Cursi e Pedro Nadaf. O procedimento reformou decisão do dia 17 de setembro que determinou a detenção do antigo chefe do Executivo no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão. Barbosa foi levado por um comboio sem identificação militar.

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O destino inicial de Silval foi estabelecido, no dia 17 de setembro, após requerimento dos advogados de defasa, “sob o argumento de que é bacharel em Direito e que, na qualidade de ex-governador, não poderia ficar custodiado em qualquer unidade prisional, posto que já havia combatido organizações criminosas, quadrilhas de ‘Novo Cangaço’ e o tráfico de entorpecentes”.

Conforme a juíza Selma Rosane, da Sétima Vara Criminal, uma série de itens que demonstrariam 'regalias' ao preso, comprovando o despreparo da unidade dos Bombeiros para manter um custodiado. A preocupação sobre a área de permanência do ex-governado residia “na constatação de quanto aquele local é inseguro e impróprio para a manutenção de qualquer preso provisório”.

O alojamento (que serve como cela aos detentos) onde o antigo chefe do Executivo estava era destinado aos militares que trabalham na unidade do bairro Verdão, possuindo duas camas, frigobar, televisão, ar condicionado e banheiro. Contrariando as normas estruturais de segurança, a área externa, aos fundos do Batalhão, também tem muros baixos e não oferece segurança.

Pedidos por liberdade

Réu em uma ação que julga desvios na concessão de benefícios fiscais, valorado em R$ 2,6 milhões, Barbosa foi preso durante a “Operação Sodoma”. O Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou liberdade em Habeas Corpus ao ex-governador Silval Barbosa, no dia 30 de setembro.

Em instâncias inferiores, Barbosa teve seu pedido de habeas corpus negado pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no dia 18 de setembro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também indeferiu liminar. As rogativas de liberdade passarão aos colegiados dos respectivos órgãos, para julgamento do mérito.

Além de Silval, também foram detidos os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf, (Indústria e Comércio), Marcel Souza de Cursi (Fazenda).

Como advogados de defesa de Silval, atuam Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e os juristas Franscisco Faiad, Ulisses Rabaneda dos Santos e Valber da Silva Melo.

Atualizado às 19h13*