A Justiça Federal em Mato Grosso determinou que o ex-secretário de Fazenda Eder Moares Dias entregue, até a próxima segunda-feira (15), as alegações finais na ação desencadeada pela operação Ararath sobre crimes de lavagem de dinheiro em um suposto esquema no Bic Banco. Após a entrega, restará como andamento processual apenas a sentença sobre o caso.

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Em entrevista ao Olhar Direto o advogado Ronan Oliveira, assessor jurídico de Moraes, afirmou que trabalhará sobre os fatos e entregará os últimos documentos de defesa na data fixada.

A 5ª Vara Federal recebeu, na última terça-feira (09), as alegações finais de Luiz Carlos Cuzziol, superintendente do Bic Banco, réu junto do ex-secretário e Laura Tereza. Conforme os autos, Laura, na figura de esposa de Eder, teria sido usada como “testa-de-ferro” para o recebimento de valores entre os anos de 2009 e 2010.

O esquema ganhou forma graças à abertura de uma microempresa de fachada. Jeferson Schneider é o magistrado responsável pelo caso. O Ministério Público Federal já cumpriu sua parte, no dia 26 de fevereiro, oferecendo todos os documentos para análise conclusiva.

Acusado de atuar com “laranjas” para ocultar seu patrimônio, Eder foi preso no dia 1º de abril, no condomínio de luxo instalado às margens da MT-010. Além de terrenos, há suspeitas de que o ex-secretário estivesse tentando evitar o sequestro de bens. A ordem de prisão foi expedida pela 5ª Vara de MT.

A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.