O ‘sequestro’ dos bens do ex-deputado estadual José Geraldo Riva por determinação da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, em um desdobramento da Operação Imperador, inclui os lotes 07, 08, 09, 10, 17 e 18 do bairro Santa Rosa, em Cuiabá, onde está construída a casa do ex-parlamentar. A transação foi feita em 2006. Conforme denúncia feita com exclusividade pelo site Olhar Jurídico – veja aqui – a mansão de Riva já foi de propriedade de Gérson Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, delator do esquema da Ararath.

Leia mais
Confira a lista de bens da família Riva e de outros envolvidos que foram sequestrados pelo MPE

A propriedade foi transferida do nome da esposa de José Riva, Janete Riva, para o nome de Cláudio Mendonça, irmão de Júnior Mendonça. Ele explicou em depoimento que “antes de Cláudio comparecer ao cartório, teve que insistir com o seu irmão para que transferisse o imóvel em seu nome, vez que estava sem tempo de ir até o Cartório”. Júnior Mendonça registra que a resistência de seu irmão nesta negociação de empréstimo e transferência se deve ao fato de envolver um político.



Em dezembro de 2007, quase um ano e meio depois, mediante o pagamento do empréstimo, novamente Cláudio Mendonça devolveu por meio de transferência os referidos lotes a Janete Riva, novamente simulando em Cartório outra operação de compra e venda. O depoente acrescenta que as razões de seu irmão, Cláudio Mendonça, não desejar que o empréstimo fosse realizado se deve ao fato do Riva ser um político que tinha a fama de ter problemas com a Justiça.

Na lista de bens apreendidos pela Justiça estão ainda vários lotes de terras em Juara, o avião que está no nome de Janete Riva e diversos veículos. As ações fazem parte da Operação Imperador que investiga um suposto esquema que teria desviado mais de R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

A redação do Olhar Jurídico tentou entrar em contato com os advogados de Riva, Valber Melo e Rodrigo Mudrovitsch, mas não obteve resposta.