O inquérito policial movido contra a advogada Cibele Parreira Reis de Lima Miranda, acusada de tráfico de drogas, foi arquivado pela Justiça, que alegou falta de provas. O juiz Cristiano dos Santos Fialho considerou que durante a fase policial não foram encontrados elementos mínimos que comprovassem que a profissional, “de forma consciente e voluntária, tenha praticado o crime em comento”.

Leia mais:
Advogada flagrada levando maconha para detento vai para cadeia
 
O magistrado determinou a expedição de alvará de soltura e o arquivamento do Inquérito Policial. A determinação foi remetida à Subseção de Sorriso e à OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil) buscando a divulgação diante do constrangimento que sofreu ao ter seu nome noticiado na imprensa quando foi visitar o cliente na prisão.
 
“Fui, no exercício das minhas atribuições  como advogada,  envolvida neste episódio constrangedor e já pagando, sem dever, através de prisão domiciliar, por um delito que não cometi", disse a advogada de Sorriso. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), o indiciado relatou que não informou à advogada de que havia maconha dentro do colchão.
 
A OAB de Sorriso se mostrou solidária à advogada. Ela ainda teria pedido que fosse feita a revista diante da suspeita levantada pelos agentes prisionais durante a revista. O colchão que que Cibele levava estava recheado com maconha para um detento do Centro de Ressocialização de Sorriso (395 km ao Norte de Cuiabá).
 
Dentro do colchão, estavam 300 gramas de entorpecentes. Na época, ela alegou que um taxista entregou o colchão embalado, que era para ser entregue para Raimundo Luan Januário de Souza, de 19 anos. O jovem está preso em Sorriso e a advogada é quem estava cuidando do caso dele.