Olhar Jurídico

Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Relator cria mais quatro sub-relatorias na CPI da Petrobras

A CPI da Petrobras terá mais quatro sub-relatores, além dos quatro nomeados semana passada pelo presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).


O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), demonstrou insatisfação com as indicações feitas pelo presidente da comissão e anunciou, hoje, que pretende criar mais quatro sub-relatorias para ajudá-lo. Ele indicou para uma delas o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Ele também indicou o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) para a sistematização do relatório. Luiz Sérgio disse que indicará depois outros dois sub-relatores.

O plano de trabalho apresentado na semana passada pelo relator será redefinido em uma reunião amanhã entre o presidente, o relator e os sub-relatores que já haviam sido designados: Altineu Côrtes (PR-RJ), Bruno Covas (PSDB-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e André Moura (PSC-SE). Existe a possibilidade de a CPI se reunir também na próxima segunda-feira (16) à noite para votar novos requerimentos.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) quer ainda que os deputados citados nos inquéritos abertos no STF sejam afastados da CPI, posição também defendida pelo DEM.

O relator e o presidente da CPI disseram que não cabe à comissão retirar deputados indicados para compor o colegiado - como querem o Psol, o DEM e o PSB. Hugo Motta e Luiz Sérgio disseram que isso compete aos partidos, que fizeram as indicações.

"Nós temos que cobrar às lideranças dos partidos que afastem deputados listados nos inquéritos", disse o líder do PSB, deputado Júlio Delgado.

Assista ao vivo

Neste momento, a CPI está reunida no plenário 2. Em instantes, deve começar o depoimento do engenheiro Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Em sua delação premiada à Justiça, Barusco declarou ter recebido propina de empresas que mantinham contrato com a Petrobras desde 1997. Segundo ele, a partir de 2003, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, passou a participar do esquema. De acordo com o delator, Vaccari teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propinas para o PT, entre 2003 e 2013.

Saiba mais sobre o depoimento de Barusco à Justiça

O deputado Affonso Florence (PT-BA) disse que o simples depoimento de Barusco não serve de prova contra o partido. "Não é um réu confesso, em delação premiada, que vira juiz. Então, ouvi-lo não significa que quem ele citou está condenado”, argumentou. “Significa que quem ele citou tem direito a defesa. Temos de encarar isso com parcimônia, sem ‘espetacularizar’ e transformar em herói réu confesso", completou.

A convocação de Barusco, como primeiro depoente da CPI, foi fruto de um acordo entre deputados da oposição e do governo. Depois dele, serão ouvidos os ex-presidentes da Petrobras Sergio Gabrielli e Graça Foster.

O depoimento de Pedro Barusco ocorrerá no plenário 2.
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