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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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QUEIMADOS VIVOS...

Após 23 anos, empresário será julgado por 'chacina de Matupá ' este mês

Foto: Reprodução vídeo youtube

Após 23 anos, empresário será julgado por 'chacina de Matupá ' este mês
No próximo dia 28 de julho será realizado o quinto julgamento do caso conhecido como ‘Chacina de Matupá’, em que três assaltantes foram queimados vivos em 1990, após um assalto. O empresário Arlindo Capitani enfrentará o Tribunal do Júri, a partir das 8 horas, no Fórum de Matupá (695 km a norte de Cuiabá).

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O julgamento será presidido pela juíza titular da comarca, Cláudia Anffe Nunes da Cunha. Arlindo atua na área da construção civil e inicialmente teve o júri agendado para 17 de outubro de 2011, mas teve o pedido de desmembramento do julgamento acatado pelo juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu, que respondia como titular da Vara na época.

De acordo com assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, Arlindo está entre os 18 denunciados – dentre eles policiais civis e militares, acusados de envolvimento na morte de Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32, em novembro de 1990. Os três foram espancados e queimados vivos em praça pública, após uma tentativa de assalto, em que invadiram uma residência e mantiveram mulheres e crianças reféns por mais de 15 horas.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelos populares e mortos. A ação foi registrada por um cinegrafista e as imagens repercutiram em todo o mundo.

De um total de 17 julgados até o momento - sendo sete deles policiais militares - apenas uma pessoa foi condenada a cumprir 8 anos de prisão em regime fechado. Ele foi responsável por jogar álcool nas três vítimas.

Devido ao grande número de denunciados, 21 anos depois do crime os julgamentos foram realizados em quatro sessões tendo início em outubro de 2011, em razão do grande número de réus, à época o juiz titular da comarca determinou o desmembramento do processo e marcou quatro sessões para a realização do júri popular. O processo de Arlindo Capitani foi desmembrado sob alegação de que ele não foi intimado para o júri popular. O processo envolvendo os policiais militares também foi desmembrado.

Repercussão Negativa

A chacina de Matupá deixou para Mato Grosso com a fama de ser um Estado onde a violência chegava a extremos. A barbárie foi filmada por um cinegrafista amador, Lino José Durrewald e a fita VHS foi distribuída por diversos países. Com a análise dessas imagens, foi possível, durante o inquérito policial, identificar os envolvidos no crime.
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