Olhar Jurídico

Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Eleitoral

estratégia política

Consultor diz que faltam advogados nas campanhas e elege compra de votos a parte nociva das eleições

Foto: Olhar Direto

Advogado e consultor  Paulo Taques

Advogado e consultor Paulo Taques

O advogado e consultor político Paulo Taques elegeu a compra de votos como a doença mais nociva do sistema eleitoral. Durante palestra no XI Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político no últmo sábado (31.6), em Brasília, Taques fez uma avaliação sobre problemas enfrentados no sistema político que precisam ser combatidos e orientou a contratação de advogados para atuarem na defesa dos candidatos.

Na avaliação de Paulo Taques, que é primo do senador José Pedro Taques (PDT-MT), é impossível controlar a compra de votos porque o eleitor também vende seu voto em troca de uma facilidade. O advogado cita como exemplo manifestações em que um pequeno ou grande grupo é contratado para trabalhar como cabo eleitoral. Segundo ele, se a pessoa recebeu dinheiro para apoiar o candidato a ou b, também se configura compra de voto.

Leia mais
Disputa entre Wilson Santos e Mauro Mendes nas eleições 2008 vira case de propaganda política
Prefeito e vice tem seus diplomas cassados por compra de votos na campanha de 2012

“A compra de votos é a parte mais nociva do sistema eleitoral. Se um partido ou candidato promovem uma bandeirada na rua com 20 mil pessoas, não sendo voluntários, também se caracteriza como compra de votos”, salientou ao lembrar que tramita no Senado um projeto que limita o número de cabos eleitorais que possam trabalhar e ser contratados por um candidato.

Durante sua palestra em Brasília, no último sábado, Paulo Taques destacou a importância de os comitês de campanha terem advogados e especialistas na legislação eleitoral. Segundo ele, a compra de votos e outras irregularidades cometidas por adversários devem ser acompanhadas de perto e as respostas precisam ser imediatas.

“Os partidos precisam montar uma estrutura de apoio jurídico para analisar documentos. Um candidato a deputado precisa ter de um a dois advogados. Campanha para majoritária devem ter equipe de advogados ainda maior. Tem que fiscalizar o que o adversário está fazendo. Orientar a equipe de TV e de marketing a evitar erros. Candidaturas pecam por não estarem acostumadas por esta dinâmica”, frisou.

Taques também lamentou o pequeno número de advogados presentes ao evento, apenas dois entre os nais de 100 participantes.

“Dos mais de 100 presentes, só dois levantaram as mãos quando perguntei quem era advogado. O restante era gente de marketing, publicidade, media trainning, mídias sociais, pesquisa eleitoral. Falta a cultura do advogado se inteirar sobre as leis eleitorais, compra de votos, enfim as regras do jogo. Os candidatos ficam perdidos e mal assessorados sem um advogado”, finalizou.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet