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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Crime hediondo

Trio acusado de sequestrar, extorquir e matar fazendeiro, filho e empregados serão julgados

Foto: Reprodução

Trio acusado de sequestrar, extorquir e matar fazendeiro, filho e empregados serão julgados
O juiz Darwin de Souza Pontes, da Vara Única de Guarantã do Norte (715 km ao norte), determinou que os jovens Rogério Pessoa Freire, Joab da Silva Pontes e Jiovani da Silva Lima passarão pelo crivo do Júri Popular. O trio é acusado de sequestrar, extorquir, roubar e executar o fazendeiro Antônio Alfanaci Dias, seu filho Anderson de Lima Alfanaci e dois caseiros da Fazenda Lima, em Novo Mundo (785 km ao norte de Cuiabá).

Segundo assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), a sentença de pronúncia foi prolatada na terça-feira (9). O crime é considerado hediondo e triplamente qualificado.

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Consta na denúncia feita pelo Ministério Público que o crime ocorreu na noite de 17 de agosto de 2012. A denúncia narra que os acusados se deslocaram até a fazenda e ficaram na estrada aguardando as vítimas. Minutos depois, Antonio e Wilson passaram pelo local de caminhonete. Rogério teria dito às vítimas que uma das motocicletas estaria com problema e, com isto, as vítimas teriam oferecido ajuda. Antônio teria convidado os acusados para ir até a sede da fazenda, onde Anderson estaria e seria chamado para carregar a moto até a cidade.

Na sede, os acusados teriam sacado as armas e anunciado o sequestro. As vítimas teriam deitado no chão e sido amarradas com fita levada pelos suspeitos. Joab teria ficado vigiando Antônio, Anderson e Wilson enquanto os outros dois suspeitos foram atrás de Célio. Este, por sua vez, tentou fugir e acabou sendo baleado e morto. O corpo de Célio foi arrastado por cerca de 50 metros do local do crime e jogado dentro de um buraco utilizado como depósito de lixo da fazenda. Já morto, Rogério teria feito mais dois disparos na cabeça da vítima.

Cinco dias depois das execuções, os supostos bandidos começaram a fazer os primeiros contatos com a família, exigir R$ 6 milhões em resgate e ameaçar de morte a viúva e a filha dela. Eles também tentaram coagir a viúva dizendo que colocariam fogo no estabelecimento comercial da família.

Para garantir o sucesso da empreitada, eles vigiavam a casa da viúva e também mandavam mensagens do celular do jovem morto para a namorada dele. Tudo com o intuito de simular e convencer que as vítimas seqüestradas ainda estavam vivas. Uma das mensagens possuía os seguintes dizeres: “amor fala pra mãe que eu to vivo, em breve eles entram em contato com ela só depois que não tiver polícia”.

Os jovens foram encontrados pela polícia antes que o resgate fosse pago. Na sentença, o juiz destaca que foi constada a materialidade e autoria dos crimes, elementos suficientes para o encaminhamento ao júri popular.

Na sentença de pronúncia, o magistrado destaca ainda que os acusados confirmaram as agressões às vítimas e que a ocorrência do delito foi reforçada por testemunha. Os jovens são enquadrados em vários crimes, além de homicídio e sequestro, também respondem por extorsão e latrocínio. A data do júri ainda será marcada.

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