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“Júri do Comendador”

Arcanjo é condenado a 19 anos de prisão por assassinato do empresário Sávio Brandão; acompanhe aqui

24 Out 2013 - 08:25

Da Reportagem Local - Katiana Pereira e Jardel P. Arruda

Foto: TJMT

Arcanjo é condenado a 19 anos de prisão por assassinato do empresário Sávio Brandão;  acompanhe  aqui
João Arcanjo Ribeiro, ex-bicheiro e líder do crime organizado em Mato Grosso, senta nos banco dos réus do Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá ,nesta quinta-feira (24), sob a acusação de ser o mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão, que era dono do jornal da Folha do Estado.

Brandão foi executado na tarde do dia 30 de setembro de 2002, quando visitava obras da nova sede de seu jornal localizada no bairro Consil. Foram disparados três tiros de pistola 9mm, que atingiram a cabeça do empresário. Segundo testemunhas, dois homens ocupando um moto o aguardavam numa esquina da rua e se aproximaram já atirando.

Conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), a ordem para o assassinato teria sido dada porque o jornal, pertencente a Brandão à época, publicou material desfavorável aos interesses e negócios de Arcanjo, então bicheiro.

O julgamento do Arcanjo é protelado há mais de 10 anos, sempre por força de recursos impetrados pela defesa, que nega de forma veemente a participação do ex-comendador no assassinato.

Antes do início do julgamento a mãe de Sávio Brandão disse ao Olhar Jurídico que está muito emociona, mas que prefere não falar. "Fiz um voto de silêncio", comentou.

Confira em tempo real: 

19h50: Para a defesa do ex-bicheiro, a condenação foi uma vitória. "Cabe recurso, mas já resolveu a vida do Arcanjo", declarou Zaid Arbid.

19h49: O advogado de Arcanjo declarou após a condenação que seu cliente deverá cumprir a pena em regime aberto ou semi ainda este ano.

19h31: A duração da pena terá abatimento do tempo que ele já está preso, desde 2006.

19h30: Arcanjo foi condena a 19 anos de prisão em regime inicialmente fechado por ser o mandante da execução do jornalista Sávio Brandão. A pena começa a ser cumprida agora.

19h29: Para o Corpo de Sentença, o motivo do crime é vingança em decorrência das matérias publicadas no jornal A Folha do Estado, que denunciavam as atividades criminosas de Arcanjo.

19h26: A conduta social desabonadora é usada como argumento pela condenação. A confissão de que Arcanjo era contraventor, dono de empresas do jogo do bicho e possuía casa de jogos e cassinos, é usado em desfavor do réu.

19h24: Por 4x2, o Corpo de Sentença considera o crime por motivo torpe

19h22:  João Arcanjo Ribeiro não é absolvido por 4x3 

19h19: Retorno das atividades. A sentença será lida.

19h11: No auditório, o clima é de muita expectativa entre  público presente.

19h07: O corpo de júri volta após a votação, mas o juiz pede um novo recesso, agora de cinco minutos, para elaborar a sentença.

18h19: Por fim, o advogado faz um apelo para que os membros do júri não condenem Arcanjo pela dúvida. "A dúvida não faz bem", disse, antes de abençoar o corpo do júri. Com o fim da sustentação oral, não ouve réplica da acusação e os jurados se retiraram para votar.

18h46: O advogado de defesa faz uma analogia com uma fábula grega, em que um lobo encontra um cordeiro e diz que o matará porque o animal felpudo sujou a água da fonte. O cordeiro argumenta que não sujou, o lobo então diz que o matará porque seu irmão sujou. Então o Loco diz que o matará de qualquer maneira porque algum cordeiro fez isso. "É isso que estão fazendo com Arcanjo", disse. 

18h42: "A cabeça de João Arcanjo não cabe no corpo produzido. Falta o pescoço. (...) Não há provas. Sem provas não há condenação", disse o advogado. Segundo ele, Arcanjo sofre uma violência ao estar preso há mais de dez anos sem provas do crime. Além disse, ele argumenta que será motivo de orgulho, no futuro, aos membros do júri, absolver o "Comendador".

18h40: Zaid afirma, repetidas vezes, que há um paradoxo no caso: gasta-se muito tempo investigando provas contra Arcanjo, mas não se permite mais tempo para apurar provas a favor do acusado.

18h35: Continuando a sustentação oral, Zaid salienta os prejuízos sofridos pela "madeireira", que ele não cita o nome, como motivos para Sávio ser um alvo de outros inimigos e não apenas Arcanjo. Segundo o advogado, haviam provas de grande relevo que foram ignoradas pelo delegado na investigação. "Um erro imperdoável", ratificou.

18h32: O defensor ainda salienta supostas falhas dos acusadores, principalmente do delegado, que assumiu não ter investigado a possibilidade de madeireiros do Norte de Mato Grosso serem os verdadeiros mandantes da morte de Sávio Brandão.

18h29: Zaid reforça aos membros do corpo de júri que eles não devem condenar Arcanjo por conta das condenações dos executores. Com vários argumentos jurídicos, ele explica que os primeiros serem culpados, não imputa culpa de mando uma vez que outros podem ter encomendado o assassinato.

18h25: "Como se vê, a acusação, ao invés de trazer as provas que poderiam esclarecer a participação ou não de João Arcanjo, não as trouxeram", disse Zaid, afirmando que em seguida que os acusadores não trouxeram Hércules por medo de a "farsa" ser desfeita.

18h21: "Quem é especialista em negociar com Hércules é o MP, como podemos ver", asseverou Zaid, que defende veementemente que estão tentando imputar uma culpa que não cabe a Arcanjo. "Por quê Hércules não está aqui? Por quê ele e os outros executores, os únicos que podem desmontar essa farsa, não estão aqui?", completou.

18h18: O advogado de defesa conta que Hércules confirmou ter recebido uma proposta de Taques e Zaque, que o ofereceram privilégios jurídicos proporcionais ao quanto ele "complicasse" para Arcanjo. Contudo, depois de as promessas não serem cumpridas, ele voltou atrás e negou a envolvimento do Comendador no crime.

18h15: Zaid afirma que Hércules só acusou Arcanjo de ser o mandante o assassinato de Sávio Brandão por conta da pressão que sofreu do então procurador federal Pedro Taques e do promotor de Justiça Mauro Zaque.

17h55: "A Rede Globo já o condenou em uma matéria produzida em primeiro de dezembro de 2002. Agora, o que querem é a judicialização dessa condenação antecipada", diz Zaid.

17h53: Zaid sustentou ainda que Arcanjo foi prejudicado pelo juízo, que lhe negou o direito a produção de provas. "A defesa quer encontrar 'outro' mandante. Era isso que a juíza disse todas as vezes que requeri produção de novas provas".

17h49: O advogado afirma que essa acusação tem braços, pernas e pescoço, mas falta uma cabeça. "Essa cabeça foi colocada em Arcanjo quando a Globo fez uma matéria o condenando. Vocês sabem o poder que a Globo tem, tira e põe presidente", diz Zaid.

17h40: Zaid Arbid inicia a defesa alegando que não existem provas contra Arcanjo, "Depois da sentença de pronúncia não se produziu prova alguma. O próprio João Gadelha disse que não tem provas".

17h11: Sahione encerra as suas alegações chorando ao ler uma nota que anunciava a morte de Sávio Brandão. O advogado pede que os jurados condenem Arcanjo. “Jurados a matéria foi amplamente trabalhada. Não é a pena longa que se quer, mas sim que se ache o mandante e tudo leva a crer que o mandante é ele [Arcanjo]”.

16h52: O assistente de acusação Clovis Sahione começa a fazer as suas alegações e exibe as manchetes de jornais que estamparam os crimes atribuídos a organização criminosa chefiada por Arcanjo;

16h45: O promotor anuncia o final de suas alegações e deixa a frase: "O mundo é um lugar perigoso para se viver, não por causa das pessoas que são más, mas sim pelas que não fazem nada para mudar isso”. Estamos a frente de um homicídio mercenário e esperamos que os senhores jurados fazem a tão esperada Justiça. Sávio morreu em um momento em que não esperava, ele não estava preparado para isso. Finalizou Gadelha.

16h38: Gadelha acredita que a defesa do réu pretende criar factóides. O promotor afirma que o depoimento da jornalista Maria contou uma história solta. “O assassino é o Hercules, existem provas, exames, ele confessou em detalhes. Isso está provado e não há o que questionar. Não tem pé nem cabeça o que essa mulher falou”, ressaltou Gadelha.

16h30: “Temos que agradecer a Pedro Taques e Julier [juiz federal], que foram contra o poder de Arcanjo no Estado”.

16h28: O promotor ressalta que a motivação do crime foi devido as matérias. “O jornalista morre na mão dos poderosos. Temos um jornalista morto a cada mês. Ele [Sávio] se dispôs a brigar com o crime organizado. João Arcanjo era uma pessoa temida em Mato Grosso. Tanto que recebeu uma comanda do Estado – O Comendador”.

16h17:No quadro, Gadelha assinala pelo menos cinco homens que teriam sido executados a mando de Arcanjo no ano de 2002. As mortes seriam motivadas por disputas de território no jogo do bicho e outras contravenções - José Jesus de Freitas, de Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy e Valdir Pereira. Sávio teria sido executado por conta das reportagens publicadas na Folha do Estado.

16h10: O promotor usa um quadro branco para desenhar o esquema criminoso que seria chefiado pelo ex-bicheiro. Entre os nomes citados como participante da organização criminosa estão: Célio, Hércules, João Leite e sargento Jesus;

16h00: Gadelha disse que Sávio Brandão também oficiou a Abin sobre investigações contra João Arcanjo. O promotor informou que o jornalista pedia documentos e relatórios sobre as ações do crime organizado em Mato Grosso; Sávio também mandou ofícios ao Ministro Gilmar Mendes do STF e outras autoridades do Governo Federa;

15h54: “Para com essas notícias. O chefe não está gostando”, teria dito o gerente de Arcanjo a Ciro que era gerente da Folha do Estado. “Isso mostra que ele mandou um recado ao Sávio Brandão”, afirmou Gadelha.

15h49: Quando saiu a publicação dessa investigação no jornal O Globo houve uma grande repercussão, rapidamente a edição do jornal esgotou em Cuiabá. Esse assunto não foi repercutido pelos jornais locais, apenas A Folha do Estado fez matérias sobre isso;

15h46: “Temos que começar dizendo que as investigações começaram na Agência Brasileira de Inteligência, é ligada a Presidência da República”. Vejam o poder que João Arcanjo era importante na época, a ponto do Governo Federal designar agentes para fazer essa investigação.

15h43: Hoje chegamos ao fim desse longa etapa. Estamos finalizando com o julgamento do mentor intelectual, o senhor João Arcanjo. Já tivemos quatro pessoas condenadas nesse caso e agora temos que encerrar essa etapa.

15h42: O promotor de Justiça João Gadelha inicia a sustentação oral da acusação;
 
15H25: A defesa não tem perguntas e nem os jurados; Intervalo de 5 minutos;

15h17: O réu diz que é alvo de inveja; “Uma pessoa que veio de origem pobre, ex-policial, vim de baixo e a inveja é assim. O cara está subindo. Quem vai admitir um ex-policial subindo na vida. Se eu fosse um loiro, mas um negão igual eu as pessoas não querem aceitar”.

15h12: Arcanjo diz que era amigo do sargento Jesus e que o sargento fazia as cobranças para ele; o promotor apresenta uma carta supostamente escrita por Arcanjo onde ele teria revelado a esposa: “Silvia, nós estamos colhendo o que semeamos, é a lei da vida”. O réu afirmou de forma veemente que a carta não foi escrita por ele; “Eu nunca escrevi essa carta. Eu quero que faça um exame da minha letra”, reforça o ex-bicheiro.

15h10: Arcanjo afirma que existe muita ficção em sua vida. “Isso não é existe, é coisa de cinema”, ao se referir sobre a sua possível ligação com a Máfia Siciliana;

15h07: O promotor João Gadelha inicia a tomada de depoimento e questiona se Arcanjo teria conhecimento da investigação da Abin, que o apontava como o grande homem do crime organizado em Mato Grosso; Arcanjo disse que tomou conhecimento da investigação da Abin nessa quinta-feira;

14h55: Arcanjo diz que não tinha nada contra Sávio Brandão e que as matérias que ele [Sávio] publicava no jornal não o incomodava. “Eu não tenho esse crime, não sei quem fez isso, quero que essa situação resolva”, disse. O ex-bicheiro afirma que não possui as mãos sujas de sangue e assente quando apontado como contraventor pelo juiz.

14h48: O réu revela que já foi Policial Militar em Mato Grosso e atualmente é empresário, do ramo de hotelaria, factoring, tendo também trabalhado com jogo do bicho;

14h46: Ao ser questionado pela sua filiação, Arcanjo diz que conhece o pai, mas que o nome dele não consta em seu registro de nascimento;

14h45: Arcanjo inicia o depoimento revelando que deseja que o caso se resolva logo para dar um pouco mais de tranquilidade a sua família e também a de Sávio. “Estou sofrendo muito”, afirmou.

14h20: Juiz determina novo recesso antes de passar a ouvir Arcanjo;

14h18: A testemunha relatou que três dias após o assassinato de Sávio recebeu uma ligação anônima apontando que um dono de madeireira da Região Norte ligou na redação do jornal dizendo que devido a prejuízos causados por matérias divulgadas pela Folha do Estado; o denunciante teria dito que o suposto empresário do ramo madeireiro teria contratado dois homens para executar Sávio;

14h15: A jornalista Maria Luiza de Sousa começa a depor. Ela foi arrolada como testemunha de defesa; ela relatou que tralhava como editora do jornal Folha do Estado;

13h47: O advogado de Arcanjo questiona se a irmã de Sávio tinha conhecimento de outra pessoa que ameaçasse Sávio e ela responde que não.

13h40: Luiza revelou que estava no Rio de Janeiro quando ficou sabendo da morte do irmão. “Minha mãe vive sofrendo até hoje e acho que vai sofrer pelo resto da vida dela. Era um filho muito amado”.

Sávio teria contado aos familiares que Arcanjo o ameaçava e por isso estaria escrevendo varias cartas para diversos órgão pedindo proteção. “Ele chegou a contratar seguranças, mas não sei porque no dia do assassinato ele estava sozinho. Acho que as reportagens foram a gota d’agua para a morte dele”.

13h25: O julgamento recomeça com a tomada de depoimento da irmã de Sávio. “O inquérito comprovou que ele (Arcanjo) era o autor, devido as matérias que meu irmão fazia contra ele (Arcanjo)”, disse a irmã de Sávio.
Ela contou ainda que Savio era um irmão que eu amava muito, filho maravilhoso, marido também, como seria também um bom pai se senão tivesse sido privado disso. “Ele estava muito feliz na época do crime, casado há um ano, com o filho para nascer e a sede nova do jornal”.

12h40: Pausa de 30 minutos para o almoço;

12h39: Fim do depoimento do senador Pedro Taques no julgamento de João Arcanjo Ribeiro.

12h30: O advogado de Arcanjo faz os questionamentos ao senador.

12h25: Segundo depoimento de Taques, após ser capturado depois de ter fugido do presídio Pascoal Ramos, Hércules decidiu falar sobre os crimes que teria cometido e acabou incriminando Arcanjo. Hercules contou que inicialmente foi cogitado matar Sávio Brandão no Rio de Janeiro, mas que Hércules se recusou e  o crime ocorreu em Cuiabá.

12h18: O ex-procurador da República contou ainda que depois da morte do sargento Jesus, João Leite passou a fazer a ponte entre Arcanjo e os pistoleiros que estariam cometendo os assassinatos; Taques enumerou todas as mortes praticadas nas ruas de Cuiabá, totalizando oito. João Arcanjo é acusado de todas elas

12h15: Taques diz que na época do início das investigações havia uma ameaça no Estado de que algumas pessoas estavam marcadas para morrer. Estas mortes tinham ligações com Arcanjo. O senador conta que as informações da investigações sobre o caças níqueis acabou por mostrar a ligação do ex-bicheiro com os crimes que aconteceram naquele ano; Tivemos a informação que o sargento Jesus seria o intermediário de Arcanjo para contratação dos executores para praticarem os assassinato;
12h07: O senador revelou que Hércules possui uma característica muito peculiar, a frieza. "Hércules é um cidadão frio", afirma.

12h03 Taques disse que ouviu depoimento de Hércules Araújo, no Gaeco, quando teria confessado que Arcanjo teve envolvimento na morte de Sávio Brandão;

11h59: O senador revela que o relatório da Abin mostra que João Arcanjo era líder de uma organização criminosa que atua em vários eixos; o MPF também investigava vários casos de assassinatos que poderiam ter ligações com João Arcanjo;

11h56: O promotor João Gadelha começa a tomada de depoimento dizendo que o jornal a Folha do Estado reproduziu uma matéria do jornal O Globo em que mostrava uma organização criminosa, que segundo a Agência Brasileira de Investigação, era chefiada por João Arcanjo; Taques disse que realmente naquela época em Mato Grosso nenhum veículo de imprensa falava sobre Arcanjo e que o jornal a Folha do Estado foi o único a repercutir o relatório que aponta o ex-bicheiro com o Alcapone de MT;

11h52: Inicia o depoimento do senador Pedro Taques, como informante. - Taques diz que não presenciou o crime e conta que recebeu uma carta que veio remetida de Rondônia e que indicava uma pessoa com o nome de Fernando como participante do assassinato de Brandão;

11h37: Foi encerrado o depoimento do delegado Luciano Inácio;

11h17: Juiz Marcos Faleiros pede mais objetividade nas perguntas feitas pelo advogado Zaid Arbid. E que o assistente de acusação Sahione peça a palavra caso queira se pronunciar. - Arbid e Sahione tiveram uma discussão. Os dois ficaram em pé e com dedo em riste, falam em tom elevado e o microfone do assistente de acusação é cortado;

11h05: O advogado leu uma petição elaborada pelo advogado Eduardo Mahon, que defende Isabela Brandão, viúva do empresário, que foi juntada ao processo. Na petição lida por Arbid Isabela revela que após a morte de seu esposo o clima entre os familiares ficou muito tenso e foi apontada pela ex-sogra como possível mandante do crime; Isabela diz ainda que a família de Sávio Brandão entraram com pedido para tomarem a guarda do filho do casal, como maneira de controlar os bens deixados como herança;

10h57: Arbid diz ainda que o delegado ignorou uma ameaça de que Brandão teria recebido a ameaça de uma empresa de exportação de madeira na Região Norte do Estado. "Você ignorou o contrato social que foi encontrado juntos aos documentos apreendidos com João Leite. Esse contrato comprovava que Sávio Brandão havia recebido uma ameaça de morte 13 dias antes de seu assassinato".

10h51: O advogado Zaid Arbid começa o interrogatório e sugere que o delegado foi "manipulado" por uma reportagem produzida pela Rede Globo, que tinha produzido um material revelando a ligação de Arcanjo ao crime organizado. "Porque o senhor levou nove meses, uma gestação, para concluir esse inquérito?" Questionou o advogado;

10h45: O delegado afirma que Arcanjo foi denunciado pelos indícios. "Já tínhamos os executores, Célio e Hércules, e uma pessoa muito descontente com a vítima. O João Leite fez a ligação entre os três"; Luciano Inácio diz todo o inquérito foi documentado, depoimentos, fatos. E que Hércules, depois de fugir da cadeira, onde já respondia por outros crimes, que disse que mantou Sávio Brandão à mando de Arcanjo. Recaptura, na volta declarou o ex-bicheiro como mandante;

10h40: Inácio disse ainda que buscou conduzir a investigação procurando não ser influenciado pela operação Arca de Noé. O delegado disse ainda que reuniu a maior quantidade de provas possíveis; Quanto a gravação da empresária Karine Roder acusando o filho de um desembargador como mandante do assassinato, o delegado classificou como mais uma "fofoca". O fato foi investigado e entendido como uma tentativa de vingança da empresária.

10h30: Durante o depoimento Inácio revelou que o gerente da factoring de Arcanjo, Nilson Teixeira, passou a procurar jornalistas da Folha do Estado, tendo inclusive procurado o já falecido Marcos Coutinho, jornalista que atuava como editor do jornal. Teixeira teria dito que as reportagens produzidas estariam  dando grande repercussão a ligação de Arcanjo com o crime organizado e que seria melhor parar com as publicações;

10h24: O delegado relatou ainda que foi constado uma ligação forte entre Célio Alves e João Leite - apontado como o intermediário de Arcanjo na contratação dos pistoleiros e que João Leite foi visto pela testemunha Ronaldo Neves, sogro de Sávio, no escritório de uma das factoring de Arcanjo, na Avenida do CPA;

"Encontramos pertences de João Leite. Em uma pasta foi encontrado um bilhete sugestivo escrito de próprio punho por Célio Alves, já detido no presídio, repassando a João Leite cobrando dinheiro. Disse claro que era para procurar 'quem de direito'. Não citava o nome de ninguém", explicou o delegado durante depoimento".

10h20: Luciano Inácio disse também que estava investigando as mortes do sargento José Jesus de Freitas e Rivelino Brunini quando foi surpreendido com a morte de Sávio Brandão;

10h15: O delegado Luciano Inácio começa a depor e diz que já investigava casos de crime organizado em Mato Grosso e os ex-policiais militares- Hércules e Célio, apontados como executores de Sávio;

10h09: "A grande preocupação é com o senador Pedro Taques, que pode abordar a operação Arca de Noé, que foi o início da queda do comendador. Aqui vamos nos atentar aos fatos que levaram a morte de Sávio Brandão”, promotor João Augusto Gadelha;

10h07: O advogado de Arcanjo pede uma questão de ordem e sustenta que o relatório do delegado não pode ser lido por se tratar de uma prova constituída dos autos; "Aqui precisamos ouvir a pessoa do Luciano Inácio e não o delegado".

10h04: Começa o depoimento do delegado Luciano: "Eu gostaria de dizer que eu não investiguei a pessoa de João Arcanjo e sim o assassinato de Sávio Brandão e no desenrolar dessa investigação surgiu o nome de Arcanjo". O delegado sugere que o seu relatório sobre o crime seja lido durante o julgamento;

09h56: O promotor de justiça, João Gadelha, disse que a intensão em arrolar Taques como testemunha é para evidenciar que a motivação do mando do assassinato de Brandão são ligadas ao fato das matérias produzidas pelo jornal A Folha do Estado, que denunciava João Arcanjo como o líder do crime organizado em Mato Grosso;

09h50: O advogado alega que Taques agiu como informante e por isso não poderia ser arrolado como testemunha, uma vez que não participou do caso em que é Arcanjo é julgado: O mando do assassinato de Sávio Brandão; "O juiz deve tomar cuidado para que esse julgamento não se torne um palanque político", disse.

09h44: Arbid pede uma questão de ordem e diz que o Ministério Público Estadual arrolou como testemunha o senador Pedro Taques, que municiou o delegado Luciano Inácio com informações;

09h43:O delegado da Polícia Civil, Luciano Inácio, é a primeira testemunha; Inácio foi quem investigou o caso;

09h40: Jurados recebem da promotoria e defesa documentos referentes ao julgamento;

09h37: O juiz pede para que o oficial de justiça conduza a primeira testemunha ao Tribunal;

09h30: Membros do júri  fazem o juramento perante os membros do Tribunal: "Assim eu prometo", dizem.

09h22: O júri deve durar pelo menos dois dias; o plenário do Tribunal do Júri está lotado de estudantes, advogados, imprensa e sociedade em geral;

09h15: O juiz faz a leitura para escolha dos sete jurados;  Foram escolhidas cinco mulheres e dois homens.

09h10: Faleiros rejeita as arguições de Arbid, que se irrita e afirma que está acontecendo uma submissão dos direitos do acusado: "Estas rejeições são um “pisoteio ao direito da defesa".

09h07: Arbid argumenta e alega que Arcanjo está sendo prejudicado pelo juízo, que aprovou a substituição de testemunhas;

09h03: O juiz Marcos Faleiros não acolheu os pedidos da defesa para nulidade do julgamento feitos pelo advogado. O magistrado considerou que os questionamentos levantados pelo advogado podem ser apreciados em recurso de apelação, caso o réu seja condenado.

08h59:  O promotor João Augusto Veras Gadelha foi contra os requisitos de Arbid e sustentou que os pedidos não merecem guarida;

08h56: Arbid disse ainda que insiste em ouvir as testemunhas Ronaldo Neves e Maria Laurentina, que não foram localizadas pelo Tribunal;

08h50: O advogado Zaid Arbid, que patrocina a defesa de Arcanjo, pede nulidade do julgamento e afirma que seu cliente teve a defesa cerceada, ao serem indeferidas todas as diligências requisitadas; ele também questionou a extradição de Arcanjo do Uruguai, onde foi preso.

08h45: Familiares de Arcanjo e de Sávio Brandão acompanham o júri; Arcanjo está bem mais magro da época em que foi preso;

08h42: O juiz Marcos Faleiros, vice-presidente do Tribunal do Júri, acaba de dar início aos trabalhos. A assessoria do Tribunal faz a leitura dos nomes dos intimados para serem os jurados;

08h40 - João Arcanjo Ribeiro acaba de entrar na sala do Tribunal do Júri de Cuiabá;
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