A juíza de Direito Helena Maria Bezerra Ramos, da 14ª Vara Cível de Cuiabá, decretou nova busca e apreensão nas empresas de Filadelfo Dias Reis. A decisão judicial atende ao pedido  proposto ação cautelar preparatória de busca e apreensão de documentos.

TJMT anula busca e apreensão colhidas contra Filadelfo em Operação do Gaeco

A ação judicial é proposta pelas empresas Mafe Energia e Participações S/A, Curuá Energia S/A e Buriti Energia S/A,  concessionárias de serviços públicos na geração de energia elétrica do Estado do Pará.

Na referida ação judicial, a qual o Olhar Jurídico teve acesso com exclusividade, é apontada a existência de desvios de valores em mais de R$ 200 milhões de reais, enquanto as citadas empresas eram administradas pelo empresário Filadelfo dos Reis Dias.

Na ação as empresas apontam que o empresário Filadelfo Reis dos Dias, além do desvio milionário de valores, realizou a omissão de receitas, apropriou de recursos e bens, simulou negócios e fraudou documentos das sociedades.

Segundo decisão dos acionistas lesados em assembléia geral extraordinária realizada nos estados de São Paulo e Pará, citadas na ação judicial, foram aprovadas a adoção de medidas judiciais de responsabilidade cíveis e criminais contra o empresário. As medidas judiciais criminais deverão ser promovidas pelo Ministério Público do Estado (MPE).

A ação judicial foi proposta pelos advogados Eduardo Antonio Lucho Ferrão e Edson Queiroz Junior, ambos de Brasíli (DF).

Suspeita de tentativa de homicídio

Em sessão ordinária de terça-feira (8) a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, deferiu o pedido de habeas corpus em favor empresário Filadelfo dos Reis Dias. O colegiado também declarou nula busca e apreensão, bem como determinou a devolução dos objetos apreendidos em dois escritórios, na empresa e no hangar do réu. O empresário já está solto.

No habeas corpus julgado (38.138/2013), Filadelfo Dias havia sido denunciado como o mandante de uma tentativa de homicídio praticado no dia 11 de abril de 2012, na fazenda Ajuricaba.
 
Na ocasião, os funcionários do local foram rendidos, roubados e foi tentado contra a vida de Valdinei Mauro de Souza e Wanderley Facheti Torres, sendo que o primeiro era ex-sócio de Filadelfo e já tinha sido ameaçado de morte pelo réu.