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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Operação tentáculos

Desembargador pede que defesa detalhe viagem de Filadelfo antes de autorizar

Foto: Reprodução

Desembargador pede que defesa detalhe viagem de Filadelfo antes de autorizar
O desembargador da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, José Jurandir de Lima, solicitou aos advogados de defesa do empresário do ramo de mineração preso em operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Filadelfo dos Reis Dias, Huendel Rolim e Murilo Barros da Silva Freire, a juntada de informações ao pedido judicial para Filadelfo deixar o Estado.


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“Para a correta apreciação da petição de fls. 640/641-TJ, informe o impetrante os locais em que o paciente possui empresas, discriminando os endereços e as respecivas razões de seu deslocamento, assim como o tempo em que deverá permanecer em cada uma; II - Cumpra-se com urgência; III - Após, retornem-me conclusos." Des. José Jurandir de Lima – Relator”, consta do despacho emitido na tarde desta quarta-feira (3).

O empresário do ramo de mineração Filadelfo dos Reis Dias, que foi preso preventivamente Gaeco junto de mais sete pessoas, sob acusação de ter arquitetado um atentado contra um ex-sócio e outro empresário do ramo de mineração. Ele foi solto logo em seguida por meio de habeas corpus.

Agora a defesa argumenta que ele precisa de trânsito entre os estados para poder tocar os negócios pessoais. “O Filadélfo é um empresário, ele possui empresas em São Paulo, Brasília... Ele precisa acompanhar as empresas. É preciso lembrar que ele está sendo só processado, não foi condenado”, disse o advogado Heuendel Rolin.

Denúncia recebida

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra os acusados da prática de dupla tentativa de homicídio qualificado e roubo qualificado no processo resultante a operação 'Tentáculos' foi recebida pela Justiça. Foram denunciados Filadelfo dos Reis Dias, Marcelo Massaru Takahashi, João Paulo Pereira, Ailson Dias da Paz, Josinei Moreira de Araújo, José de Oliveira Campos, Gelfe Rodrigues de Souza Júnior e André de Souza Neves.

Segundo o MPE, a decisão liminar que culminou na liberação de dois acusados presos durante a operação, Filadelfo dos Reis Dias e Marcelo Massaru Takahashi, baseou-se em supostas irregularidades formais. A instituição pretende recorrer da decisão e argumenta que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já pacificou a questão no sentido de que irregularidades formais no mandado de prisão não tiram a validade e efeito da decisão constritiva de liberdade.

Os promotores de Justiça acrescentam, ainda, que o mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande seguiu os padrões formais exigidos pelo Sistema Apolo do Tribunal de Justiça. Afirmam que, caso seja aplicado o mesmo rigor formal a casos similares, centenas de presos deveriam se imediatamente colocados em liberdade.

Os representantes do Ministério Público repudiaram as declarações feitas pela defesa dos acusados de que o magistrado Abel Balbino Guimarães, que atuou no processo, teria sido induzido ao erro pelo MPE. Segundo eles, ao contrário do que foi divulgado, o juiz demonstrou total conhecimento do processo, independência funcional e obediência à sua consciência e os ditames da lei.

INVESTIGAÇÃO: A investigação que culminou na operação Tentáculos foi conduzida pela Polícia Judiciária Civil, com o apoio do Gaeco. Todos os indiciados no inquérito policial foram denunciados pelo Ministério Público. Das oito pessoas denunciadas, uma está presa na Penitenciária Central do Estado (PCE), duas estão liberadas por força de decisão liminar e os outros estão foragidos da Justiça.
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