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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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REGIME FECHADO

TJ cita inconformismo e mantém pai que matou amigo do filho por homofobia condenado a 35 anos de prisão

Foto: Reprodução

TJ cita inconformismo e mantém pai que matou amigo do filho por homofobia condenado a 35 anos de prisão
Após o Tribunal de Justiça considerar a atenuante de confissão espontânea e reduzir a condenação de Cleber Rasia Machado, caminhoneiro que matou o amigo do próprio filho motivado por homofobia, sua defesa ajuizou recurso pedindo que a pena fosse diminuída ainda mais. Porém, em sessão de julgamento ocorrida no final de abril e publicada no último dia 3, os desembargadores da Primeira Câmara Criminal negaram os embargos de declaração e mantiveram a punição em 35 anos, em regime fechado.


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Sob relatoria do desembargador Paulo da Cunha, os magistrados decidiram, por unanimidade, que o recurso pretende rediscutir questões que já foram exaustivamente debatidas e analisadas pela Câmara Julgadora, de modo que o mero inconformismo não justifica alterar o que já foi acordado.
 
Cleber foi julgado e condenado pelo Tribunal do Júri em agosto de 2023, em Rondonópolis. Em março de 2021, o suspeito invadiu um centro de umbanda localizado no Residencial Farias, matou Victtor e deixou outro jovem ferido. Em março daquele ano, desembargadores do Tribunal de Justiça mantiveram sua prisão.

Cleber Rasia Machado, de 39 anos de idade, autor do homicídio de Victtor Cauã Bianchini Silva, adolescente de apenas 17 anos de idade amigo de seu filho, foi preso no dia 11 de abril de 2022, uma segunda-feira, em Iepê, no estado de São Paulo.

Ao contrário do apontado no início das investigações, o crime não foi motivado por intolerância religiosa, mas sim homofobia, uma vez que o pai não aceitava as amizades que o filho tinha com homossexuais.

Cleber foragiu da justiça por um ano, motivo que corroborou na decisão dos membros da Câmara Criminal em negar o pedido de revogação da prisão preventiva.
 
Segundo a Polícia Civil, as investigações feitas pela DHPP, da 2ª Delegacia de Polícia de Vila Operária, apontaram que o crime foi motivado por homofobia e não por intolerância religiosa como pensado no início das investigações. Logo no início das investigações, os policiais receberam informações de que o autor do crime era o pai de um frequentador do centro religioso. 

Ainda conforme a corporação, além da morte do adolescente, três disparos também atingiram outras duas pessoas, entre elas o responsável pela realização dos cultos religiosos, que foi socorrido e encaminhado para o hospital, conseguindo sobreviver aos ferimentos.
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