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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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PERÍCIA DESCARTOU ATAQUE

Fazendeiro investigado por morte de trabalhador em "falso ataque de onça" é solto

Foto: Reprodução

Fazendeiro investigado por morte de trabalhador em
Fazendeiro investigado pelo homicídio do trabalhador Dinalto Machado Lopes, 52 anos, foi solto na quarta-feira (1º), após decisão da juíza da Comarca de Tapurah (a 390 km de Cuiabá). Inicialmente, a morte de Dinalto foi tratada como um ataque de onça-pintada, no entanto, após investigações, quatro mandados judiciais foram cumpridos no sábado, para esclarecer o homicídio.


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As três ordens de buscas domiciliares e uma de prisão foram expedidas pela Vara Única da Comarca de Tapurah. As buscas foram cumpridas na fazenda do alvo da investigação e em duas residências dele na cidade de Tapurah e no Distrito de Ana Terra.

Na última quarta-feira (24), a Delegacia de Tapurah foi informada sobre a morte de Dinalto, que trabalhava em uma fazenda na região de Tapurah.

A Polícia Civil recebeu a primeira notificação pela equipe médica de Tapurah que relatou um suposto ataque de felino. Contudo, após uma análise mais detalhada no corpo da vítima pela equipe policial e peritos da Politec surgiram indícios que sugeriam um possível homicídio seguido de tentativa de ocultação do crime.

Investigação

Em entrevista aos policiais civis, o proprietário da fazenda, de 56 anos, afirmou que no dia do fato, a vítima foi encarregada de consertar uma cerca na propriedade. Aproximadamente duas horas depois, a esposa da vítima percebeu a ausência prolongada e perguntou ao suspeito onde a vítima estava.

O investigado então, de acordo com a esposa da vítima, momentos depois passou a gritar que a vítima estava morta e que tinha lesões que eram de ataque de onça, baseando-se nos ferimentos e na suposta trilha deixada pelo animal.

No entanto, a perícia oficial apresentou conclusões do exame de necropsia e do local contradisseram a versão apresentada pelo suspeito. As lesões encontradas no corpo da vítima foram consideradas incompatíveis com o ataque de animal felino, indicando cortes provocados por instrumento cortante e perfurações por arma de fogo.

Além disso, durante a análise da cena do suposto ataque foram descobertas cápsulas de munições deflagradas, em um local próximo à sede da fazenda, a aproximadamente 260 metros de distância. Essa descoberta levantou sérias suspeitas sobre a versão apresentada pelo suspeito, sugerindo que o incidente se tratou de um homicídio disfarçado.

A investigação prossegue para reunir outras informações que possam esclarecer toda a dinâmica do crime e a motivação.
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