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Domingo, 28 de abril de 2024

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FALTA DE PROVAS

MP arquiva inquérito que investigava Emanuel por usar contas de ex-chefe de gabinete

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

MP arquiva inquérito que investigava Emanuel por usar contas de ex-chefe de gabinete
Por falta de provas, o Ministério Público do Estado (MPE) arquivou inquérito que foi instaurado para investigar suposta prática de improbidade cometida pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). A suspeita era que Emanuel, a primeira-dama Márcia Pinheiro, e seu filho Elvis, teriam usado contas bancárias do ex-chefe de gabinete Antônio Monreal Neto para uso pessoal.

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Apuração foi instaurada a partir da localização de 264 mensagens recebidas por Monreal referentes a compras feitas pela família Pinheiro em suas contas correntes nos bancos Itaú e Sicoob, entre 2019 e 2020. 

Segundo o MPE, Monreal não havia conseguido explicar porque referido aparelho foi apreendido na posse de Pinheiro, nem mesmo explicou o motivo pelo qual mensagens de gastos do Prefeito e de seus familiares estavam sendo comunicadas a seu e-mail pessoal.

Isso levou o órgão ministerial a acreditar que que tais cartões de crédito foram expedidos em conta corrente de Monreal para acobertar os gastos pessoais da família. O aparelho celular, então, foi apreendido durante a Operação Capistrum, que apurou um esquema de desvios na Secretaria Municipal de Saúde.

Monreal, então, anexou documentos referentes às movimentações em suas contas bancárias e autorizou a quebra de sigilo nas mesmas.

O MPE, então, passou a investigar os dados contidos para identificar todas as transferências de entrada e saída nas contas em questão, em nome de Antônio e da sociedade de advogados Monreal Advogados, de 1º de janeiro de 2017 (data da primeira posse de Pinheiro), até janeiro de 2022, visando identificar o total gasto pela família de Emanuel, bem como a origem de eventuais valores.

Relatórios de Inteligência Financeira foram solicitados e, em seguida, elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O Centro de Apoio de Conhecimento e Segurança da Informação do MPE analisou os relatórios e o fluxo de ativos financeiros rastreados no inquérito.

Ocorre que os indícios iniciais não foram comprovados pela análise das informações e documentos provenientes da quebra de sigilo, não resultando outra alternativa ao promotor Marcos Regenold Fernandes se não o arquivamento da investigação.

“Em face do exposto, determino o arquivamento do presente Inquérito Civil, com o consequente envio destes autos ao Conselho Superior do Ministério Público para apreciação, no prazo de 3 (três) dias, contados da cientificação do decurso do prazo para que os interessados questionem, querendo, a decisão”, proferiu Regenold, no arquivamento assinado no último dia 26.
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