A defesa de José Clovis Pezzin de Almeida, empresário conhecido como Marllon Pezzin, pediu à Justiça alagoana a revogação de sua prisão. Alvo de operação deflagrada para combater esquema de tráfico de drogas em larga escala, além de lavagem de dinheiro, Marllon está detido na Penitenciária Central de Cuiabá desde 1º de fevereiro, quando passou por audiência de custódia e teve a detenção preventiva mantida.
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Pezzin foi preso no âmbito da operação Hades, cujo trabalho investigativo começou em março de 2021 pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Alagoas, para apurar a movimentação criminosa de quatro pessoas suspeitas dos crimes referidos.
A defesa de Marllon, representada pelos advogados Ricardo Spinelli e Anna Rute Paes de Barros Mullher, está trabalhando junto à Justiça alagoana pela revogação da detenção. Dois pedidos foram protocolados, sendo um destinado à 17ª Vara Criminal e um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Alagoas.
No primeiro piso, os juízes que compõe a vara abriram vistas de 48h para manifestação do Ministério Público. Somente depois do parecer ministerial é que uma decisão será proferida. Na segunda instância ainda não houve análise por algum desembargador do Tribunal.
A 17ª Criminal alagoana é composta por mais de um juiz e, com isso, visando o contraditório, os magistrados estão aguardando a manifestação ministerial para, até quinta-feira, julgarem os argumentos das partes. Enquanto isso, Marllon segue detido.
No pedido anulatório, os advogados de Marllon sustentam que ele tem bons antecedentes, profissão lícita, residência fixa e que ele já se colocou à disposição da autoridade policial para os esclarecimentos necessários.
Além disso, apontaram que a decisão que resultou no mandado de prisão foi proferida com ausência dos requisitos autorizadores da detenção. Também sustentam que a ordem não individualizou a conduta de Marllon e que inexiste perigo ao processo caso posto em liberdade, já que se dispôs a cooperar com as investigações.
Marllon foi detido durante cumprimento de mandado de prisão expedido na operação. Recentemente, ele se envolveu em um acidente de trânsito na Estrada da Guia que deixou um jovem de 20 anos em coma. Ele também já foi preso acusado de agredir a ex-namorada, em 2022.
Ao todo, a operação tentou cumprir em MT 13 mandados, sendo três de prisão e 10 de busca e apreensão. Em Cuiabá, policiais fizeram buscas em residências de Marllon.
Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas, após parecer favorável do Gaeco, do Ministério Público de Alagoas, com base nas provas técnicas apresentadas pela Dracco.
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