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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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LAUDO DE SANIDADE

Defensoria pede que ex-PM seja absolvido em ação sobre morte de advogada que teve o corpo abandonado em parque

Foto: Reprodução

Defensoria pede que ex-PM seja absolvido em ação sobre morte de advogada que teve o corpo abandonado em parque
A defensoria pública pede que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49, seja absolvido do crime de feminicídio que cometeu contra a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48, com base em laudo de sanidade mental realizado em 2016, atestando que ele seria portador de esquizofrenia crônica.


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 O pedido ainda aguarda manifestação dos assistentes de acusação. Além disso, a 12ª Vara Criminal, onde o crime está sendo julgado, vai determinar a instauração de laudo de sanidade atualizado antes de decidir se absolve Almir  ou determina medida de segurança para interná-lo em clínica psiquiátrica. O Ministério Público se manifestou contrário ao requerimento, sustentando que o transtorno não justificaria alguém praticar o crime que ele cometeu. 

Conforme apurado pelo Olhar Jurídico, a defensoria aponta que laudo de 2016 informava que Almir seria incapaz de responder pelos seus atos. No entanto, relatório apresentando em agosto de 2023, dias após o assassinato, aponta ausência de sintomas de delírios ou prejuízos cognitivos, atestando que ele estaria em estado apto para realização de atividades laborais. 

Apesar da manifestação da Defensoria e do Ministério Público, os requerimentos ainda não tiveram uma decisão do juiz Wladymir Perri, que vai pedir teste de sanidade mental atualizado de Almir, para somente depois disso definir se  o absolve e o encaminha para uma clínica psiquiátrica. 

Almir foi denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá por homicídio qualificado. Cristiane foi morta na capital e teve o corpo deixado no Parque das Águas. Almir ainda foi denunciado pelos crimes de estupro, fraude processual, por ter limpado a cena do crime usando creolina e sabão em pó, e ocultação de cadáver. 

De acordo com a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe (desprezo pela vida da vítima), com emprego de asfixia mecânica, mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima (superioridade de força física), para assegurar a impunidade de outro crime (estupro de pessoa em situação vulnerável) e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo menosprezo à condição de mulher (feminicídio).

Conforme o promotor de Justiça Jorge Paulo Damante Pereira, Almir dos Reis ainda “inovou artificiosamente o estado de lugar dos crimes, com o fim de induzir a erro o juiz”, ao eliminar os vestígios de sangue em sua casa e colocar roupas para lavar.

Por fim, “ocultou, dentro de um veículo, o cadáver de Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni” e abandonou-o na manhã seguinte do crime no entorno do Parque das Águas. Almir foi preso em flagrante na noite do dia 13 de agosto, em Cuiabá, um dia após matar a advogada.
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