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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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AUXÍLIO AO MP

Filhos de idosos mortos por fazendeira pedem para atuar como assistentes de acusação

Foto: Reprodução

Filhos de idosos mortos por fazendeira pedem para atuar como assistentes de acusação
Dois filhos de Pilson Pereira da Silva e a filha de Rui Luiz Bogo, idosos que foram assassinatos por Inês Gemilaki em Peixoto de Azevedo, pediram autorização da Justiça para ingressarem como assistentes de acusação no processo que julga a fazendeira, seu filho, o médico Bruno Gemilaki e Eder Gonçalves Dias, pelo duplo homicídio ocorrido no dia 21 de abril. Requerimento foi ajuizado perante a 2ª Vara do município nesta quinta-feira (9).


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Na assistência de acusação, os sucessores da vítima têm a oportunidade de ingressar na causa não como parte, mas como auxiliar do Ministério Público. O magistrado competente pela ação decide se admite ou não o ingresso. Ainda não há uma decisão sobre o requerimento.

Pilson, de 69 anos, e Rui, de 81, foram assassinados a tiros por Inês Gemilaki. Para executar a empreitada criminosa, a fazendeira recebeu suporte do seu filho Bruno e de Edson. Os quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados, foram registrados pelas câmeras de segurança da casa onde ocorreram.

No dia do crime, Inês e Bruno invadiram casa particular do garimpeiro Erneci Afonso Lavall, alvo da dupla, situada na rua Thiago Magalhães Nunes, nº 1403, bairro Alvorada. “Piloto de fuga”, Edson ficou do lado de fora aguardando a consumação e ajudou na debandada.

Segundo as investigações, Lavall, ou “Polaco”, entrou na mira de mãe e filho por ajuizar uma ação de cobrança contra Inês, que alugou e morou nessa residência, mas deixou dívida de R$ 59 mil e estragou a construção.

Acontecia uma confraternização na casa quando Inês e Bruno, com ajuda de Edson, invadiram o local. Em posse de um revólver, Inês disparou e matou Pilson e Rui Luiz, por engano. Ela queria matar Erneci Afonso, que sobreviveu.  O padre José Roberto Domingos também foi atingido pelos disparos, mas não morreu.

O trio se tornou réu por denúncia feita pelo Ministério Público do Estado (MPE) no último dia 3, assinada pelo Promotor de Justiça Alvaro Padilha de Oliveira. Eles continuam presos preventivamente. Pedido de indenização de R$1,8 milhão ainda não foi julgado.

“Novas” motivações

Pedido de liberdade em nome de Bruno relata que sua mãe vinha sofrendo ameaças de morte, sequestro e estupro. O autor das ameaças seria Polaco. Bruno e Ines estão presos e foram denunciados por invadirem a casa de Polaco, matando Rui e Pilson.

Ines foi locatária de Polaco por 1 ano, até que a relação comercial entre eles se findou. Enerci procurou o Poder Judiciário na busca de reaver valores que supostamente fazia jus.
 
O Poder Judiciário, então, entendeu que não havia valores a serem pagos, julgando improcedente a pretensão indenizatória. Não obstante a declaração do Poder Judiciário, Ernerci passou a cobrar Inês pelos valores que, ainda assim, entendia devidos. Conforme defesa, as cobranças se intensificaram e passaram a ser feitas por cobradores, chegando às raias de ameaças.
Conforme defesa de Bruno, no dia 20 de abril de 2024, um dia antes dos fatos, a mando de Enerci, seis homens foram à casa de Ines Gemeliaki cobrar os valores referentes à ação indenizatória indeferida pelo Poder Judiciário.
 
Segundo advogado, Bruno sabia das constantes ameaças que sua mãe vinha sofrendo, inclusive já havia tentado explicar a Polaco sobre a sentença do Poder Judiciário e a necessidade de cessar as ameaças.
 
‘Todas as tentativas foram sem sucesso, pois Enerci sempre ressaltava que a ‘justiça dele ele mesmo que faz’ destacando que ‘achava bom pagar’”, diz trecho de processo.

 
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