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Sábado, 18 de maio de 2024

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FEMINICÍDIO TENTADO

Advogado suspeito de estuprar e tentar matar engenheira em Cuiabá é denunciado pelo Ministério Público

Foto: Reprodução

Advogado suspeito de estuprar e tentar matar engenheira em Cuiabá é denunciado pelo Ministério Público
O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou o advogado Nauder Júnior Alves Andrade por feminicídio tentado com as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele foi preso no último dia 18 por espancar sua namorada, a engenheira E.T.M., de 29 anos. Segundo inquérito policial e o depoimento da vítima, Nauder, sob efeito de cocaína, passou a agredi-la após sua recusa em manter relações sexuais. Denúncia endereçada à 1ª vara de Violência Doméstica de Cuiabá foi assinada pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, nesta segunda-feira (28).


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Romaquelli anotou que o feminicídio tentado foi cometido sem que houvesse motivações relevantes para tal, tendo sido iniciado por discussão banal provocada pelo próprio advogado. “Agindo, portanto, impelido por motivo fútil”, diz trecho da peça.

Além disso, sustentou que Nauder agrediu a companheira de forma inesperada, enquanto ela estava dormindo, o que dificultou que ela pudesse esboçar qualquer tipo de defesa eficiente naquele momento.

Por fim, manifestou o promotor que Nauder o fez num contexto de violência doméstica por ele mesmo alimentado, aproveitando de sua superioridade física, “em flagrante menosprezo à condição de mulher da vítima (eram namorados), e, portanto, por razões da condição do sexo feminino da vítima”.

Diante disso, o Ministério Público do Estado, por intermédio de Romaquelli, denunciou Nauder Júnior Alves de Andrade por feminicídio da modalidade tentada com qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Nauder foi mantido preso por decisão da Justiça após passar por audiência de custódia no dia 19, um dia depois que foi detido. A juíza Glenda Moreira Borges converteu em preventiva o flagrante do advogado.

Glenda asseverou que os elementos contidos nos depoimentos dos autos, sobretudo do relevante valor probatório da palavra da vítima em casos de violência doméstica, demonstraram indícios suficientes de autoria dos crimes cujo advogado foi autuado pela autoridade policial, e por isso o manteve preso.

 
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