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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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prisão mantida

Justiça recebe denúncia contra acusado de matar sete pessoas em chacina

Foto: Reprodução

Justiça recebe denúncia contra acusado de matar sete pessoas em chacina
Justiça recebeu, nesta quinta-feira (23), denúncia movida pelo Ministério Público Estadual em face de Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, acusado de homicídio qualificado pela chacina que matou sete pessoas em um bar de sinuca no município de Sinop (478 km de Cuiabá), no mês de fevereiro. O comparsa Ezequias Ribeiro morreu em um confronto com policiais militares.


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“Recebo a denúncia ofertada pelo Ministério Público, dando o denunciado Edgar Ricardo de Oliveira,   por motivo torpe, meio cruel e que resultou perigo comum e recurso que dificultou defesa das vítimas, por 06  vezes; motivo torpe, meio cruel e que resultou perigo comum, recurso que dificultou a defesa da vítima e vítima menor de quatorze anos (7º fato); concurso de pessoas (8º fato); concurso de pessoas, e § 2º-A, inciso I emprego de arma de fogo (9º fato)”, decidiu a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop nesta quinta-feira (23).
 
As vítimas da chacina foram Maciel Bruno de Andrade Costa, Orisberto Pereira Sousa, Elizeu Santos da Silva, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, Josue Ramos Tenorio, Adriano Balbinote e Larissa de Almeida Frazão (12 anos).  

De acordo com a denúncia, na manhã de 21 de fevereiro, Edgar Oliveira, acompanhado de Ezequias Ribeiro, apostou dinheiro em jogos de sinuca em um bar da cidade, perdendo cerca de R$ 4 mil para Getúlio Rodrigues Frazão Júnior.

No período da tarde, Edgar retornou ao estabelecimento acompanhado de Ezequias e “chamou a vítima Getúlio para novas partidas de sinuca, também com aposta em dinheiro, ocasião em que perdeu novamente e, de inopino, jogou o taco sobre a mesa, verbalizou com seu comparsa Ezequias que, de imediato, sacou uma arma de fogo e rendeu as vítimas, encurralando-as na parede do bar, enquanto Edgar se dirigiu à camionete e se apossou de uma espingarda”. 

Em seguida, Edgar seguiu em direção às vítimas e efetuou o primeiro disparo contra Maciel Bruno, tendo, na sequência, realizado o segundo tiro em desfavor de Orisberto, enquanto o comparsa Ezequias disparou contra Elizeu.

Ele ainda efetuou mais dois disparos, acertando Getúlio e Josue. Adriano e a adolescente Larissa tentaram correr e também foram atingidos por ele. As vítimas Maciel Bruno e Getúlio também foram alvejadas por Ezequias quando já estavam caídas no chão.

Para a promotora de Justiça Carina Sfredo Dalmolin, os crimes foram cometidos por motivo torpe, “impulsionado pelo sentimento de vingança em razão de perder aposta em jogo de bilhar”, e praticados por meio cruel, “tendo em vista que foram efetuados disparos de espingarda calibre 12, arma de elevado potencial lesivo e causadora de múltiplas lesões simultâneas, e também pistola calibre .380, sendo as vítimas atingidas uma a uma, a maioria a curta distância, o que revela uma brutalidade fora do comum e a ausência de elementar sentimento de piedade”. 
 
Ao receber a denúncia, a juíza entendeu como certo o perigo gerado pelo estado de liberdade do denunciado, posto que os dados fáticos são suficientes para demonstrar que o caso vai além da normalidade do tipo penal, constituindo fundamentação idônea para a decretação do custodiado preventivamente. 
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