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Domingo, 12 de maio de 2024

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EXTREMISTAS EM BRASÍLIA

Financiamento de atos golpistas: AGU pede condenação de empresa de MT e ex-candidata

Foto: abio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Financiamento de atos golpistas: AGU pede condenação de empresa de MT e ex-candidata
Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou na Justiça Federal do Distrito Federal para que a ação cautelar em que fora determinado o bloqueio de bens dos acusados de financiar ônibus para os atos que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, seja convertida em ação civil pública para proteção do patrimônio. Além disso, que e os envolvidos sejam condenados em definitivo a ressarcir R$ 20,7 milhões ao erário. Dos 59 nomes que constam como polo passivo da ação, a ex-candidata a deputada federal, Josiany Duque de Caxias e a empresa Primavera Tur Transportes são os dois únicos de Mato Grosso.


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Na ação, que inclui no polo passivo 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato, AGU assinala configurar “ato ilícito quando o titular de um direito (no caso em específico o direito à livre manifestação e reunião pacífica), ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, nos termos do art. 187 do Código Civil”.
 
Segundo a AGU, “num regime democrático, como no sistema brasileiro, contraria os costumes da democracia e a boa-fé a convocação e financiamento de um movimento ou manifestação com intento de tomada do poder, situação essa que evidencia a ilicitude do evento ocorrido”.
 
A Advocacia-Geral também destacou que os demandados “possuíam consciência de que o movimento em organização poderia ocasionar o evento tal como ocorrido”, uma vez que anúncios de convocação já faziam “referência expressa a desígnios de atos não pacíficos (ou de duvidosa pacificidade) e de tomada de poder, fato que demonstra uma articulação prévia ao movimento com finalidade não ordeira, sendo o financiamento do transporte um vetor primordial para que ele ganhasse corpo e se materializasse nos termos ocorridos”.

A peça advocacia geral lembra que o montante de R$ 20,7 milhões é baseado em cálculos de prejuízos efetuados por Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal e “é o valor que a Advocacia-Geral da União reputa como dano material já incontroverso, sem prejuízo de, no curso da instrução processual, serem produzidos novos elementos de provas demonstrando um dano ainda maior ao patrimônio público”.

No total, a AGU já ingressou com quatro ações em face de acusados de financiar ou participar diretamente dos atos do dia 8 de janeiro. Em três delas a Justiça já determinou cautelarmente o bloqueio de bens dos envolvidos para que, em caso de condenação posterior, os valores sejam utilizados para ressarcir o patrimônio público.
 
 
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