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Segunda-feira, 09 de dezembro de 2024

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PREJUÍZO DE R$ 147 MILHÕES

Sema proíbe exploração de fazenda investigada pelo Gaego

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Sema proíbe exploração de fazenda investigada pelo Gaego
Após o pedido da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) suspendeu as autorizações para exploração florestal e a licença florestal da Fazenda Matrincha II. A fazenda é de propriedade da Família Crestani. Dois membros dela, os irmãos Fernando Bruno Crestani e Michel Alex Crestani foram presos durante a deflagração da Operação Hamadríade, em julho, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A descisão é do último dia 6 de setembro.


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De acordo com o processo, as investigações demonstraram que os denunciados, teriam arquitetado um esquema para o cometimento de crimes contra o meio ambiente. O objetivo era conseguir vantagem pecuniária indevida em prejuízo do meio ambiente, por meio de fraudes na constituição de empresas, em licenciamentos ambientais e nos sistemas de controle ambiental (CC-SEMA e SISFLORA/MT) e lavagem de ativos (produtos florestais).

Além disso, as investigações demonstraram que, após a deflagração da Operação Terra à Vista, parte dos denunciados naquela época, teriam prosseguido com a perpetração de crimes em face do meio ambiente, a partir da configuração de uma nova ORCRIM, composta por novos integrantes.

Os investigados geraram um dano no valor de R$ 147 milhões aos cofres públicos, ao movimentar ilegalmente aproximadamente 300 mil metros cúbicos de produtos florestais. “Diante da Consideração acima determino a suspensão do processo n° 7001146/2018 e dos efeitos da Prorrogação Autorização Para Exploração Florestal (RAUTEX-PMFS) nº 03023/2022, da Autorização para Exploração Florestal nº 3023/2020, da CICF nº 3023/2020 e Retificação de Licença Florestal 193/2020", diz o despacho da Sema.

Para o Gaeco, a família Crestani possuía a propriedade das fazendas Matrincha e Matrincha II. As terras possuíam plano de manejo aprovado pela Sema em nome de José Rodrigues, que seria um laranja. As empresas beneficiadas pelos créditos gerados fraudulentamente teriam sido criadas irregularmente, havendo indícios de que seriam empresas de fachada ou registradas em nome de terceiros.

“Segundo os fatos narrados, os representantes aduzem que a prática de maquiar a origem ilegal do produto florestal, fazendo uso em tese, de laranjas, com a atuação efetiva de engenheiros florestais e empresários, supostamente se configurou como meio de vida de diversas pessoas envolvida na Organização Criminosa, já identificados à época dos fatos apurados ainda na Operação "Terra à Vista", disse trecho do documento.
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