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Domingo, 06 de outubro de 2024

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Guizardi e Dínamo

Justiça constata sociedade familiar envolvendo delator e nega recuperação judicial de construtora

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça constata sociedade familiar envolvendo delator e nega recuperação judicial de construtora
A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da Primeira Vara Cível de Cuiabá, negou pedido de recuperação judicial da empresa Guizardi Junior Construtora e Incorporadora, com dívidas de R$ 6,5 milhões. Ficou constatado tentativa de recuperação cruzada com a Dínamo Construtora Ltda.


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A Guizardi Junior Construtora e a Dínamo Construtora Ltda ocupam o mesmo espaço, possuem seus quadros societários pessoas da mesma família e desenvolvem o mesmo trabalho. A Dínamo, porém, está em recuperação judicial desde o ano de 2015.
 
Complicando ainda mais o contexto, a Guizardi Junior apresentou como principal credora justamente a Dínamo Construtora, com passivo de aproximadamente R$ 2,8 milhões, ou seja, 43,59% do montante apresentando no pedido de recuperação alvo de rejeição.
 
“No caso em análise, nada obstante inexista identidade na composição societária das empresas em questão, é incontestável que ambas possuem uma relação íntima e visceral, haja vista o compartilhamento dos equipamentos que integram os ativos da empresa mais antiga, além da totalidade das áreas que compreendem as sedes de ambas empresas que exercem idêntica atividade empresarial”, afirmou a magistrada.
 
O quadro societário da Guizardi Junior Construtora tem em sua formação Miguel Guizardi Júnior, pai de Giovani Belatto Guizardi, dono da Dínamo.

“Destarte, sob a ótica da consolidação substancial, as empresas em questão podem ser tidas como uma única, ainda que do ponto de vista formal sejam pessoas jurídicas distintas”, argumentou a magistrada de que indeferiu pedido de recuperação.
 
Giovani Guizardi é réu e delator premiado na Operação Rêmora, por fraudes na Secretaria de Educação de Mato Grosso.
 
A Operação Rêmora investigou esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que inicialmente estavam orçadas em R$ 56 milhões. Diversas empresas compunham, segundo o Ministério Público, cartel capaz de gerar favorecimentos e desvio de dinheiro público.
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