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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Operação Mantus

Advogado afirma que prisão não ‘revoga’ delação de empresário na Sodoma

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Advogado afirma que prisão não ‘revoga’ delação de empresário na Sodoma
O advogado Matheus Lima, responsável pela defesa do empresário Frederico Muller Coutinho, preso nesta quarta-feira (29) por suposto envolvimento com o jogo do bicho, afirmou que não há risco do seu cliente perder benefícios conquistados em colaboração firmada na Operação Sodoma. As linhas investigativas não guardam relação.
 
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“Não vai ter qualquer tipo de vinculação”, garantiu o jurista nesta quarta. A afirmação foi exposta durante audiência de custódia. O magistrado Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal, conduziu o ato.
 
Preso pela Operação Mantus, Frederico também é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na detenção do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa.  Sentença na Sodoma destacou que o delator trouxe “à lume a forma como a organização agia quando da prática dos crimes de lavagem de dinheiro”.
 
A primeira fase da Operação Sodoma tratou das investigações acerca de um esquema criminoso, liderado pelo ex-governador Silval Barbosa, montado para desviar recursos do erário público, com finalidade de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina.
 
As investigações constataram que a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), concedeu incentivos fiscais, via Prodeic, de forma irregular para empresas.
 
Além de Frederico, a Operação Mantus prendeu nesta quarta o bicheiro João Arcanjo Ribeiro. A Polícia Civil gerenciou o caso, por meio da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
 
A operação visou dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos justamente pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, descortinando duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso. Ambas movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.
 
Uma das organizações é liderada por João Arcanjo e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues. A outra é liderada justamente por Frederico Muller Coutinho.
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