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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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história desconhecida

Pagamento para ex-servidores do Bemat desviou R$ 6 milhões para quitar dívidas de Riva e Sério Ricardo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Pagamento para ex-servidores do Bemat desviou R$ 6 milhões para quitar dívidas de Riva e Sério Ricardo
Ao detalhar um esquema de desvio de dinheiro que serviu para pagar dívidas dos ex-deputados Sérgio Ricardo e José Riva, a memória de Silval falha. O ex-governador disse se lembrar remotamente do valor, mas recorda precisão dos fatos. Ao todo, o governador relata que o esquema levaria R$ 22 milhões dos cofres públicos, mas só conseguiu arrecadar R$ 6 milhões. 

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A negociata foi feita em cima de uma dívida que os ex-servidores do extinto Banco do Estado de Mato Grosso (Bemat) tinham com o governo. Silval prometeu pagar R$ 70 milhões aos advogados da Associação dos Servidores, em troca, eles deveriam devolver R$ 22 milhões.

O dinheiro serviria principalmente para pagar dívidas dos ex-deputados Sérgio Ricardo e José Riva. Os dois parlamentares contraírem débitos de R$ 8 a R$ 10 milhões com o empresário Avilmar de Araújo Costa, que operava no ramo de factoring com parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Depois de combinar o desvio com Riva e Ricardo, Silval marcou uma reunião com Avilmar. Na ocasião, os dois deputados emprestaram mais R$ 4 milhões com o empresário, a ideia seria que o novo empréstimo totalizasse R$ 18 milhões, valor a ser pago com ajuda do esquema.

“No entanto, Avilmar exigiu como garantia cheques do colaborador, tendo o colaborador entregue a ele 12 cheques no valor de R$ 1.500.000,00 cada um, tendo ainda Avilmar entregue nesse momento para o colaborador um cheque no valor de R$ 4 milhões, que era a diferença das dívidas com O valor que entraria na casa de R$ 23 milhões.”, diz o relatório sobre o depoimento de Silval.

A partir de então, o Estado começou a fazer os pagamentos. Quatro parcelas foram empenhadas. Mas uma denúncia de irregularidades fez com que a Justiça Federal cancelasse o procedimento. Neste ínterim, os pagamentos eram feitos pelos advogadas da Associação a José Riva, que depois repassava a Avilmar. Silval contou que o empresário recebeu cerca de R$ 6 milhões ilegalmente e que ele sabia da origem dos valores. 
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