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ESQUEMA NA PETROBRAS

MPF pede R$ 2 bilhões em ação da Lava Jato contra ex-deputado Pedro Henry e outros 9 do PP

31 Mar 2017 - 07:48

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Pedro Henry

Pedro Henry

A  “Operação Lava Jato” do Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, atinge novamente Mato Grosso. Desta vez, a força-tarefa ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-deputado federal Pedro Henry e outros 09 membros do Partido Progressista (PP). O político teria atuado no suposto esquema de fraudes e propinas instalado na Petrobras, entre os anos de 2004 e 2014. A ação, proposta nesta quinta-feira (30), pede devolução de mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, perda dos cargos, suspensão dos direitos políticos e descontos nos cálculos de aposentadoria parlamentar. 

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Além dele também foram acionados os ex-parlamentares Pedro Corrêa (PP-PE), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA), e dos deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA), bem como João Genu, ex-assessor parlamentar do falecido deputado federal José Janene.
 
Conforme a denuncia do MPF, dois esquemas distintos envolvendo desvio de dinheiro e pagamento de propina foram detectados no seio da Petrobras. O ex-deputado mato-grossense, que já foi condenado no “esquema do mensalão”, participava de um deles.  
 
Segundo a acusação, Henry compunha um cartel de empreiteiras que fraudava licitações da petrolífera em obras importantes, superfaturando os lucros e exigindo propinas. As quantias eram lavadas por intermédio de operadores financeiros e então rateadas entre os operadores do esquema, sendo eles tanto políticos quando executivos da Petrobras.
  
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, parlamentares federais e partidos, como o PP, PT e PMDB, obtinham, junto o governo federal, cargos importantes e determinantes para o funcionamento do esquema. Aí que entra Pedro Henry e os outros 09 denunciados. Eles compunham o esquema de liderança do PP e em contrapartida, recebiam mesadas que variavam entre R$ 30 mil e R$ 300 mil. As quantias ilícitas ainda enriqueciam o Fundo Partidário do PP e garantiam a eleições de novos membros para o esquema.
 
O montante de propina movimentado e descoberto até o momento, somente neste esquema que envolvia Pedro Henry, chega a R$ 410 milhões, o que representa 1% dos valores dos contratos. Desse montante, 60% era direcionados para o PP e seus integrantes e o restante era distribuído entre executivos e operadores financeiros.
  
Apesar destas informações, o MPF não pediu o bloqueio de bens do PP.

Esta não é a primeira vez que Pedro Henry toma os holofotes por escândalos criminosos. Em dezembro de 2013 ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do Mensalão e também teve seu nome envolvido no escândalo dos Sanguessugas. 
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