A defesa do procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, protocolizou no último dia 11 um pedido ao magistrado Geraldo Fidelis Neto, para que o réu preso possa realizar cursos de artesanato nas dependências do Centro de Custódia da Capital (CCC). O pedido está concluso para decisão a Segunda Vara Criminal desde esta quinta-feira (17).
Francisco Lima Filho é acusado de compor com o ex-governador Silval Barbosa uma organização criminosa que teria desviado R$ 37,6 milhões do Estado. Ele figura como réus das três fases da "Operação Sodoma", que totalizam R$ 30,6 milhões em desvios, e também réu pela "Operação Seven", que teria desviado R$ 7 milhões.
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De acordo com advogado do ex-procurador, João Cunha, o pedido é absolutamente normal, tendo em vista que réus na condição de prisão preventiva passam seus dias sem fazer nada. “Ele precisa de um passa tempo, de uma atividade aprazível, é desesperador ficar preso daquele jeito”, afirmou.
Além do pedido para realização do curso de artesanato, pintura e escultura oferecido no presídio, Francisco Lima Filho solicitou também que possa ler livros e elaborar resenhas.
O julgamento ainda será proferido pelo juiz Geraldo Fidelis.
Enquanto isso o réu segue preso. João Cunha nega ter protocolizado habeas corpus por enquanto, e por um motivo específico: aguarda julgamento de recurso da mesma natureza protocolizado em favor de Arnaldo Alves, ex-secretário de Infraestrutura e corréu de Chico Lima. Se proferida decisão em seu favor, automaticamente deverá ser aceita para o cliente de Cunha.
Cursos:
Pedidos como este são comuns no CCC. Em setembro deste ano, Silval Barbosa, Permínio Pinto, João Emanuel, Marcel de Cursi e Eder Moraes solicitaram participação no curso de aplicador de revestimento cerâmico (azulejista) ministrado pelo SENAI.
Francisco Lima Filho foi preso no Rio de Janeiro no início de outubro e deu entrada no CCC no dia 07 daquele mês.