O advogado Anthony Cabot, especialista em regulamentação da indústria de jogos, que está sendo ouvido na comissão especial do Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, defendeu o controle sobre jogadores como forma de combater a lavagem de dinheiro.
Ele mencionou os sistemas de segurança policial usados em Nevada (EUA), onde a identificação física dos jogadores é repassada em tempo real para as autoridades policiais. “Esse é o último lugar a ser escolhido para se lavar dinheiro”, disse.
Cabot foi enfático em dizer que punir empresas que infringem a lei ajuda a economia e não mata empregos.
Quando questionado pelo deputado Paulo Azi (DEM-BA) sobre como deveria ser a escolha dos locais que sediariam os cassinos, o advogado disse que a concessão de licenças deve ser avaliada caso a caso, de acordo com as regras domésticas e dos investimentos que se qualificam a elas.
O vice-presidente de Relações Governamentais da Las Vegas Sands Corporation, Andrew Abboud, citou o caso de Singapura, onde foram formuladas regras específicas de licitação para as áreas reservadas aos casinos. “Lá o governo sabia exatamente onde queria a construção de cada resort”, observou.
Entretanto, no caso do Brasil, ele sugeriu a adoção de regras específicas e abrangentes conforme a localização do empreendimento. Para infraestruturas com sede em grandes metrópoles, por exemplo, ele recomendou regras menos flexíveis se comparadas às aplicáveis a pequenas cidades.