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AUDIÊNCIA COM TESTEMUNHAS

Justiça retoma audiências com Riva na 7ª Vara; desta vez pelas operações Célula Mãe e Metástase

15 Fev 2016 - 09:30

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Justiça retoma audiências com Riva na 7ª Vara; desta vez pelas operações Célula Mãe e Metástase
Está marcada para as 13h30 desta segunda-feira (15), na Sétima Vara Criminal do Fórum da Capital a audiência com as testemunhas arroladas nos processos que envolvem ex-deputado José Geraldo Riva. Desta vez, frutos das operações “Célula Mãe” e “Metástase”. Riva foi ouvido na ultima sexta-feira (12) e não apresentou crises dos problemas de saúde que, porteriomente, exames confirmaram: hipertensão e labirintite. O ex-deputado chegou a ser ouvido em três processos. Riva é acusado, nas ações (cujas audiências ocorrem hoje), de ser o principal articulador de um conchavo que teria lesado os cofres públicos em cerca de R$2,6 milhões, em sua gestão entre 2010 e 2014, na Assembleia Legislativa.


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Calendário:

Hoje deverão ser inquiridas as testemunhas: Márcio Greike da Silva, Maria Taques da Silva, Eder Matos de Moura, João Pereira dos Santos, Alaide Lourdes Pereira Xavier, Carlos Heins Klein, Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior e Clayton Mauro Correa Fortes.

No dia 19 de fevereiro, às 13:30 horas, deverão ser inquiridas as: Evandro Rodrigues de Abreu, José Bonfim da Silva, Ariani Malouf, Alexandre Oliveira dos Santos, Alcidina Úrsula França, Lelis Fonseca, Paulo Mendonça, Mara Silvia Portilho Fava da Costa, Marcilene de Oliveira Goulart, Francisco Monteiro, Tércio Lacerda de Almeida, Tania Matos e Nelson Abdala.

No dia 22 de fevereiro de 2016, às 13:30 horas, deverão ser inquiridas as testemunhas: Alaércio Soares Martins, Nadir Nascimento, Gilda Lúcia Figueira Baldino, Yara Lima, Iracy Araújo Moreira, Andelson Gil do Amaral, Elis Regina Marcelino, Elio Ferreira, Benedito Kleber dos Santos Figueiredo, Luiz Carlos Conceição Correia de Almeida, Valdenir Rodrigues Benedito, José Antunes de França, Aparecido Alves de Oliveira e Roberson Dias Pereira:

O dia 24 de fevereiro marcará o interrogatório dos acusados José Geraldo Riva, Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo e Geraldo Lauro.

Entenda as operações Célula Mãe e Metástase:

De acordo com o coordenador do Gaeco, o promotor Marco Aurélio Castro, “célula mãe é onde surge o câncer, o núcleo”. Entretanto, durante as investigações, perceberam que se tratava de “uma forma de corrupção endêmica”, que possivelmente não ocorria somente no gabinete do famigerado Riva. Portanto, batizaram “metástase” que, no linguajar médico, denomina “a forma como o câncer se espalha dentro do corpo” a partir da “célula mãe”.

Além do ex-deputado, na ocasião, 21 pessoas foram detidas para prestar esclarecimentos. Destes, cinco trabalhavam no gabinete de sua filha, Janaina.

De acordo com a denúncia, Riva, o suposto mentor dos outros dois esquemas citados anteriormente, também figura como principal articulador do conchavo que teria lesado os cofres públicos em cerca de R$2,6 milhões, entre 2010 e 2014, desviando as extintas “verbas de suprimento de fundos”, destinadas, na época, para pequenos gastos mensais de cada gabinete, com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.

Conforme a denúncia, o ex-parlamentar usava o dinheiro enviado ao seu gabinete para o pagamento de despesas pessoais, como o combustível de sua aeronave e honorários advocatícios, além de servir também para corromper políticos e lideranças do interior com um “mensalinho”.

A fraude ocorreu por meio de aquisições fictícias - de produtos como marmitas e materiais gráficos - feitas com a antiga verba. As notas fiscais utilizadas para justificar as compras eram falsificadas.

Segundo o testemunho de alguns servidores, eles eram coagidos a realizar pequenos saques e, posteriormente, repassavam os valores, em espécime, aos líderes do esquema (Geraldo Lauro e Maria Helena Caramello), que eram chefes de gabinete de Riva, então presidente da ALMT.

Na fase de depoimentos, Caramello teria novamente coagido testemunhas com o propósito de blindar Riva. Além disso, segundo os autos, o advogado Alexandre Nery teria prestado assessoria jurídica aos servidores na tentativa de ‘moldar’ um discurso que dificultasse a descoberta da verdade.

São réus nesta ação: José Geraldo Riva, Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo, Geraldo Lauro, Hilton Carlos da Costa Campos e Marisol Castro Sofré. 
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