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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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NOVO RECURSO

Procuradores acusados em desvio das “Cartas Marcadas” tentam desbloquear R$ 399 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Procuradores acusados em desvio das “Cartas Marcadas” tentam desbloquear R$ 399 milhões
O procuradores do Estado Gerson Valerio Pouso e Dilmar Portilho Meira, réus em suposto esquema para emissão de certidões de crédito questionáveis no valor de R$ 398.981.029,89, protocolizaram recurso (embargos de declaração), no dia 6 de outubro, para o desbloqueio de suas contas.


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Os procedimentos jurídicos foram entregues a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, obedecendo à relatoria da juíza convocada Vandymara G.R. Paiva Zanolo. O mesmo colegiado negou, em oportunidade anterior, recurso semelhante para liberar o montante retido nas contas dos réus.

Conforme o Ministério Público, as investigações apontaram que o esquema se aproveitou de um processo judicial trabalhista de mais de 300 Agentes de Administração Fazendária (AAF) para provocar a emissão fraudulenta de cartas de crédito por parte do governo do estado.

Cartas de crédito são papéis emitidos pelo estado para pagamento de dívidas e outras pendências. No mercado, eles geralmente são negociados por valores inferiores aos valores de face e são frequentemente comprados por empresas que precisam reduzir ou saldar dívidas tributárias com o estado.

Compõe pólo dos requeridos no processo: Gilmar Fabris, Dorgival Veras de Carvalho, Ocimar Carneiro de Campos, Enelson Alessandro Nonato, Rogério Silveira, Anglisey Battini Volcov, Eder de Moraes Dias, Dilmar Portilho Meira, Gerson Valério Pouso e José Constantino Chocair Júnior. O processo é fruto da Operação “Cartas Marcadas”.

No caso, os AAF buscavam na Justiça equiparação e isonomia com a categoria dos Fiscais de Tributos Estaduais (FTE) e exigiam ressarcimento dos valores e benefícios que teriam deixado de receber ao longo do processo, iniciado em 1996.

Diante da possibilidade de um acordo judicial entre o Saafemt e o estado em 2008, o grupo acusado pelo MP teria fraudado os cálculos dos valores que os agentes de administração fazendária deveriam receber, elevando-os para mais de R$ 1,2 bilhão.
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