A Justiça Federal em Mato Grosso recebeu nesta quinta feira (14) o processo de registro para seqüestro de bens, por hipoteca legal, do ex-secretário de Fazenda Eder Moraes Dias. O apontamento, realizado pelo antigo homem de confiança do Poder Executivo, visa garantir, caso condenado, o pagamento das supostos valores desviados nos esquema investigado pela operação Ararath.

Leia mais:
Pleno do Tribunal de Justiça aprova aumento para servidores de Mato Grosso

Após registro dos bens hipotecados, como garantia, o procedimento será encerrado com a sentença da ação. As investigações da Ararath apontam que Eder Moraes seria um pilar do combinado, fazendo a interlocução entre Junior Mendonça, responsável pela lavagem de dinheiro, e a classe política. Os seis processos que decidirão o futuro do ex-secretário aguardam decisão final.

Moraes retornou à cadeia após averiguações sobre supostas operações imobiliárias fraudulentas, com valores inferiores aos praticados no mercado, sempre em nome de terceiros (laranjas), com o notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro de bens.

Eder aguarda o mérito de seu Habeas Corpus ser analisado pela 2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O colegiado, composto por cinco desembargadores, decidirá sobra a liberdade. O ex-secretário já havia sido preso na 5º fase da Ararath, em maio de 2014, permanecendo por 82 dias encarcerado.

A reportagem do Olhar Jurídico tentou, sem sucesso, entrar em contato com o advogado Ronan Oliveira, assessor Jurídico de Eder Moraes. As ações contra o ex-secretário de fazenda correm sob segredo de Justiça.